OBSERVATÓRIO. Schirmer e Farret juntos de novo?
Cezar Schirmer declarou ao colunista, durante entrevista na rádio Antena 1, em alto e bom tom: se depender dele, prefeito, o candidato ao seu lugar em 2016 será o vice, José Farret. Está lá. Gravado. As palavras podem não ser exatamente essas, mas o significado é muito claro: Schirmer vai resgatar a fatura do apoio do maior líder do PP, sem o qual muito provavelmente não teria vencido o petista Paulo Pimenta em 2008, no primeiro de seus dois mandatos.
Consta, nos corredores do Palacete da SUCV, que este é exatamente o desejo de Farret. Um secretário, inclusive, chegou a dizer a Observatório, quem sabe até com algum exagero, que o vice está em campanha aberta junto ao público interno. Entenda-se, para dentro do governo.
Isso significa que José Farret será o candidato do PP, do PMDB e de Cezar Schirmer? Segundo líderes peemedebistas com quem o colunista conversou, não. “O partido terá um candidato, e não será do PP”. Pode ser apenas um arroubo. Pode. Mas também possui o condão de dizer que a vida de Farret não será exatamente fácil para contar com a adesão também do PMDB do seu parceiro na prefeitura.
Aliás, o episódio que redundou na escolha do pepista Sérgio Cechin para a presidência da Câmara, na última terça-feira, apoiando e sendo apoiado pelos principais partidos oposicionistas (PT e PSDB) e pelo único nome do PPL já afirmado como candidato a prefeito no próximo ano, Werner Rempel, definitivamente não ajuda para uma composição.
Nada que não possa ser superado, pelo que mostra a história. Mas há, ninguém duvida, um grau elevado de dificuldade para que a manifestação explícita de apoio de Schirmer se transforme em fato concreto. E o próprio PP não tem assim tanta convicção acerca da candidatura de Farret. Ou não estaria conversando, ainda que informalmente, com os tucanos. Sim, tem isso também, que ninguém duvide.
Dando continuidade à série: A Fome e a Vontade de Comer III.