“…Nessa mesma escola um dia um colega me passou a mão. Eu devia ter uns onze anos de idade e essa foi a primeira vez que fui desrespeitada na minha condição de mulher. Fui desrespeitada pelas irmãs que com seus discursos travestidos de amor constituíam sujeitos machistas. Fui desrespeitada pelo colega que sendo constituído nesse lugar, se permitiu tocar no intocável.
Em uma tarde no centro da cidade de Santa Maria quando me dirigia as aulas de inglês, um homem passou por mim e me passou a mão nos seios. Eu devia ter uns treze anos de idade. Segunda vez que fui desrespeitada na minha condição de mulher. Confesso que dessa vez foi mais violento por não se tratar de uma brincadeira de mau gosto entre colegas de escola. Mas se tratava de homem bem mais velho, um desconhecido que atrevia-se a passar a mão no meu corpo como se a sua condição de homem fosse garantia suficiente para…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Condição de Mulher”, de Liliana Souza de Oliveira – que escreve semanalmente, as terças-feiras. Ela é graduada e Mestre em Filosofia pela UFSM. Atualmente doutoranda em Educação na mesma Universidade e professora de Filosofia do Instituto Federal Farroupilha/Campus São Vicente do Sul.
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