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KISS. Delegado Arigony, ouvido na Justiça, diz que, com mais tempo, outros nomes surgiriam no inquérito

Arigony, em seu depoimento:  município jamais explicou por que boate estava aberta
Arigony, em seu depoimento: município jamais explicou por que boate estava aberta

O delegado Marcelo Mendes Arigony, coordenador do inquérito policial que, em pouco menos de dois meses, apurou responsabilidades e juntou provas da tragédia de 27 de janeiro de 2013, foi até aqui a mais ilustre das testemunhas arroladas no processo criminal da Kiss.

Durante cerca de quatro horas ele  foi inquirido, após ter sido arrolado pela defesa do réu Elissandro Spohr, o Kiko. Não faltaram revelações, no depoimento de Arigony. Uma delas: se mais tempo houvesse para realizar o inquérito, outras pessoas poderiam ter sido citadas. Outra: o município jamais explicou por que a boate estava funcionando.

O fato é que 242 meninos e meninas morreram em decorrência da tragédia. O que pode muito bem servir de explicação para o que sentem pais e familiares das vítumas – um dos quais não resistiu e acabou sendo protagonista de um incidente, na audiência desta sexta-feira (mais detalhes AQUI).

Para saber mais do que disse o delegado, e também obter outras informações, vale conferir o material disponível na versão online do jornal A Razão. A reportagem é de Tiago Baltz (texto) e Deivid Dutra (foto). A seguir:

Com mais tempo, talvez chegássemos a outros nomes”, diz Arigony

kiss seloDurante quase quatro horas na manhã e no início da tarde desta sexta-feira, no Fórum de Santa Maria, o delegado Marcelo Arigony foi ouvido como testemunha no processo criminal da boate Kiss.

Arigony disse que não se arrepende de nada em relação ao trabalho policial. “Concluímos a investigação em 55 dias e fizemos todos os apontamentos possíveis, se tivéssemos mais tempo talvez chegássemos a outros nomes.”

Indagado diversas vezes por advogados de defesa sobre o porquê da tese de homicídio por dolo eventual aos réus, o delegado foi categórico: “Há uma questão de proporcionalidade, entre outras, claro. Não é plausível que um evento com 242 mortes e centenas de feridos não apontássemos o dolo, no caso eventual”.

O delegado reafirmou também que tanto a prefeitura quanto bombeiros agiram de forma irregular na boate. “Nunca houve todas as licenças, há documentos na prefeitura que apontam até 29 irregularidades na Kiss, e a prefeitura sequer, até hoje, abriu qualquer procedimento sobre isso. Não há uma resposta dentro da razoabilidade. O município jamais explicou o porquê de a boate estar aberta”.

Questionado pelo defensor do vocalista Marcelo de Jesus se havia falhas no trabalho, já que na justiça apenas quatro réus foram responsabilizados pelas mortes, Arigony declarou: “Sei que o seu cliente (Marcelo) é o lado mais fraco da corda. Lamento por ele, que tem sua culpa, iniciou o incêndio. A polícia apontou todos os que podia apontar. Nosso trabalho foi feito”.

PARA LER OUTRAS REPORTAGENS DE ‘A RAZÃO’, CLIQUE AQUI

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