REFLEXÃO. Liliana de Oliveira e aquilo que a leva às lágrimas por um mundo que “anda ao contrário” e…
“…Você deve estar pensando que estou incomodada com a postura dos homens que invadiram uma casa que não era deles e que expuseram aquilo que deveria ser privado. Também, mas não só. Fiquei mais incomodada com o fato de alguém filmá-los e expô-los. Se eles erraram, quem filma, compartilha e diz que vai matá-los erra duplamente. Quem compartilha e ri daquilo de que não se ri, erra de novo. E assim seguimos errando todos.
Nessa mesma semana se tornou notícia amplamente divulgada em todo o país a morte de um médico assassinado na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro. Triste notícia. Triste saber que a vida foi banalizada. Você deve estar pensando que me refiro a vida do médico. Também, mas não só…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “O mundo anda ao contrário”, de Liliana Souza de Oliveira – que escreve semanalmente, as terças-feiras. Ela é graduada e Mestre em Filosofia pela UFSM. Atualmente doutoranda em Educação na mesma Universidade e professora de Filosofia do Instituto Federal Farroupilha/Campus São Vicente do Sul.
Reportagem do jornal Extra do RJ. Faltaram detalhes. O próprio menor, apreendido aos 12 anos, contou que costumava matar aula para ir à praia no Leblon e Ipanema. Disse que ficava por lá jogando futebol. Estudou da pré-escola até o 6° ano. Quinze passagens pelo sistema, oito vezes por roubo (isto é, violência ou grave ameaça envolvidos), três por furto, uma por desacato, uma posse de drogas, uma posse de drogas e um tráfico. Medidas aplicadas: advertências, liberdade assistida e semiliberdade. Estava foragido da semiliberdade.
Ele não é o único adolescente com vida difícil no Brasil. Muitos continuam na escola, alguns até trabalham (é ilegal mas acontece). Muitos não começam a realizam furtos para comprar maconha (aquela que querem liberar para "tirar o estigma" da classe média alta que também aprecia). Não punir é uma injustiça com os que fazem as escolhas certas mesmo em condições difíceis.
Não dá para mudar o ECA? Problemas continuam onde estão. Não parece que irão melhorar.