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Números. Se matemática ganhasse eleição, Lula já poderia comemorar a vitória. Mas não é

O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tem dito que o segundo turno é uma nova eleição. E é. Afinal, os 125 milhões de brasileiros inscritos na Justiça Eleitoral voltarão de novo às urnas. Logo, é um novo pleito.

Como diz aquele axioma, se A é igual a B e B é igual a C, então A é igual a C. Certo? Em termos. Inclusive porque aqui se está escrevendo e falando de política, não de matemática.

Então, o que se tem é que, mesmo admitindo, como quer o desafiante tucano do presidente que tenta a reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva tem um ponto de partida maior que Alckmin. E, desde que se implantaram os dois turnos, uma eleição presidencial não teve virada. Isso é história, que tem mais a ver com política que os princípios matemáticos.

Aliás, e falando em números, Lula precisa, em tese (que também se faz em política), menos votos do que Alckmin. Pela singela razão de que obteve mais. Basta que os mantenha. E ganhe alguns poucos mais. Ou até que votantes em adversários que não o do PSDB, agora, na rodada final, simplesmente não votem. Ou anulem. Ou… Bem, deixemos que o jornalista Paulo Moreira Leite, d’O Estado de São Paulo, experiente analista das coisas da política, fale:

”Matemática ajuda Lula mas eleição é política

Segundo turno é uma nova eleição, diz Geraldo Aclkmin. Nem tanto -ensina o retrospecto, onde se vê que viradas no segundo ocorrem, mas são raras. Jamais ocorreram em eleições presidenciais desde que este sistema foi implantado, em 1989.

Alckmin e os tucanos merecem celebrar o desempenho eleitoral de domingo mas a verdade é que Lula só não levou no primeiro turno por uma margem apertadíssima – menos de 1,4% dos votos válidos. Isso quer dizer que, embora Alckmin esteja bem posicionado, na matemática pura Lula está muito mais próximo de vencer. Em termos relativos, sua votação em 2006 cresceu em relação a 2002. Há quatro anos, Lula teve 46,4% dos votos válidos no primeiro turno. Em 2006, teve 48,6%.

Quando se examina a fotografia do primeiro turno, a primeira impressão não ajuda Alckmin. Considerando o ambiente polarizado da reta final,os 48,6% que votaram em Lula domingo merecem ser considerados heróis do voto consolidado. Não será fácil convencê-los a mudar de opinião, já que foram capazes de ficar com Lula depois da “missão suicida,” da ausência no debate e das fotos do dinheiro apreendido. E os outros?

Por mais que Heloísa Helena diga que não vai apoiar ninguém, eu acho muito possível que pelo menos 1 em cada 4 de seus eleitores vote em Lula. O mesmo raciocínio aplico a Cristovam. Se isso acontecer, e seu eleitorado não fugir, o presidente estará reeleito.

Mas eleição não é matemática pura, é performance. Tem espaço para o acaso, para o erro e para o lance de gênio.

A campanha de Lula está desorientada e não é de hoje. Sem falar em operações absurdas, como o…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://blog.estadao.com.br/blog/?blog=22.

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