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PORTAS ABERTAS. Comércio abre neste domingo. Mas há quem adote a regra todos os finais de semana

Por MARCOS FONSECA (com fotos de Reprodução)

Alexandre Lima: “prestação de serviço”
Alexandre Lima: “prestação de serviço”

O comércio de Santa Maria estará aberto neste domingo à tarde, depois das 14h. A iniciativa faz parte da campanha que prevê o funcionamento às vésperas de datas importantes, em que as vendas tendem a crescer. Neste mês, o foco dos lojistas é o Dia dos Namorados, comemorado na próxima sexta-feira, 12 de junho.

Apesar de os santa-marienses já estarem habituados a encontrar lojas abertas no Centro em alguns domingos por ano, uma lenta mudança começa a ocorrer no setor do comércio. Aos poucos, empresários locais começam a enxergar os benefícios que a abertura aos finais de semana pode trazer. E as vantagens são tanto para os lojistas como para os consumidores da região central do Estado.

Por iniciativa própria, donos de estabelecimentos de setores diversos começam a erguer as portas de suas lojas aos clientes domingueiros. Em alguns casos, mais do que o lucro, a proposta é beneficiar o consumidor que precisa de alguma mercadoria num dia em que, tradicionalmente, quase tudo está fechado na cidade.

É o caso do empresário Alexandre Lima. Ex-candidato a vice-prefeito em 2012, Lima tem aberto sua loja de autopeças aos domingos pela manhã. O novo horário entrou em vigor em março. Segundo ele, todos os domingos ocorrem feirões de automóveis usados na cidade. Muitas vezes, os compradores ou vendedores precisam de alguma peça urgente para o veículo, mas não têm onde comprar. Para atender a esses clientes, a autopeças de Lima passou a abrir das 9h ao meio-dia. “É horário suficiente para fazer reparos e consertos”, diz.

Lima conta que a abertura ainda surpreende os fregueses. Muitos chegam ao local sem saber da novidade. Por enquanto, as vendas estão em ritmo lento. O empresário diz que é mais uma prestação de serviço. Contudo, acredita que, com o tempo, os consumidores vão criar o hábito de comprar nos domingos. Ele também estuda ampliar o horário de funcionamento durante a semana, passando a fechar às 21h.

Apesar de contar com o apoio de funcionários que topam trabalhar no domingo, nenhum empregado vai à loja de autopeças nesse dia. Quem atende é a própria família de Lima – são três pessoas. O empresário destaca que, em São Paulo, as lojas de acessórios para automóveis já funcionam sete dias por semana. Iniciativa que, aos poucos, chega também a Santa Maria.

Não são apenas as autopeças que abrem aos domingos por aqui. Há redes de lojas de material de construção e para o lar e de vestuário que também já atendem à tarde, na zona central da cidade.

Loja de acessórios para veículos funciona todos os domingos de manhã, na Medianeira
Loja de acessórios para veículos funciona todos os domingos de manhã, na Medianeira

A partir de julho, lojas abrirão um domingo por mês

A proposta de transformar os domingos em dia de compra não é novidade para os shoppings. Tanto no Monet Plaza como no Royal Plaza as lojas já abrem nos domingos à tarde. A iniciativa deve ganhar a adesão do comércio de rua a partir de julho, quando a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) pretendem pôr em prática o projeto Soma, que prevê a abertura das lojas do Centro um domingo por mês.

O presidente da CDL, Jacques Eskenazi Neto, ressalta que o funcionamento nesses dias será facultativo, isto é, nenhum lojista será obrigado a abrir. As datas estabelecidas serão sempre após o quinto dia útil do mês, quando os trabalhadores já terão recebido seus salários. Eskenazi Neto afirma que há eventos no município nos finais de semana que levam muitas pessoas às ruas, e esse potencial mercado consumidor não está sendo aproveitado pelo comércio.

Pela legislação trabalhista, o comércio é autorizado a funcionar todos os domingos, desde que os direitos dos funcionários sejam respeitados. Quem trabalha não ganha acréscimo no salário, mas precisa ter um dia de folga na semana.

A exceção em Santa Maria são os supermercados, que estão impedidos de abrir por decisão de um acordo coletivo de trabalho entre patrões e empregados. A revisão desse acordo é reivindicada pela CDL e pelo Sindilojas, como forma de garantir a volta dos mercados aos domingos e reforçar o setor do comércio em geral.

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