CidadaniaJudiciário

JUSTIÇA? 12 jovens chacinados por policiais baianos, com 88 tiros. Juiza absolve os réus: “legítima defesa”

Essa foi a imagem mais “leve” encontrada pelo editor. Mas dá uma ideia do que ocorreu
Essa foi a imagem mais “leve” encontrada pelo editor. Mas dá uma ideia do que ocorreu

O crime aconteceu em 6 de fevereiro. Os mortos eram jovens. Supostamente bandidos. Ainda que fossem, todos eram primários e – mesmo que a idiotice vigente na constrangedora sociedade em que vivemos hoje os considere menores, são humanos. Humanos. Tanto quanto seus assassinos, policiais baianos que os mataram com 88 tiros – contra um do lado contrário, constatou a perícia.

Ok, ok, ok. Chega de opinião embutida. Vamos aos fatos. E eles vêm através do ótimo portal Justificando (uma dica surgida a partir de postagem no Feicebuqui da advogada e amiga Amanda da Cruz), que traz a história da sentença e bem mais. A foto é de reprodução. A seguir:

Apesar de 88 tiros e 12 jovens mortos, Juíza absolve policiais por legítima defesa

…A Juíza Marivalda Almeida Moutinho, da 2º Tribunal de Júri de Salvador, absolveu sumariamente os policiais militares acusados da execução de 12 pessoas no bairro de Cabula. Segundo a magistrada, os policiais responderam de “forma moderada” ao disparar 88 tiros nas vítimas. A sentença foi publicada ontem, 27, no Diário Oficial do Estado.

Apesar do número de vezes que as vítimas foram alvejadas, os policiais foram atingidos apenas uma vez, e de raspão. O placar de 88 disparos a 1 de raspão, no entanto, não foi sequer suficiente para o processo ser levado à instrução. A absolvição sumária significa que a juíza considerou que não havia necessidade de produzir mais nenhuma prova, uma vez que a inocência era manifesta.

A magistrada entendeu que o laudo pericial que encenara a cena, combinado com o exame cadavérico que constatou que os disparos foram feitos à distância, ao invés de próximos das vítimas, eram suficientes para concluir que as vítimas não foram executadas.

As vítimas, aliás, não contaram com o mesmo julgamento oferecido aos policiais. Apesar de serem todas primárias, foram classificadas como traficantes, tendo em vista a quantidade de drogas e armas apreendidas pela… polícia. 

A sentença é mais um capítulo do chacina que causa revolta no Bairro pobre da capital baiana, ainda mais depois que o Governador Rui Costa, do PT, comparou os policiais a artilheiros em frente ao gol, que precisam marcá-lo para cair nos braços do povo…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SE QUISER CONFERIR A SENTENÇA, ELA ESTÁ AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Um Comentário

  1. Típico jornalismo "do bem". Distorce os fatos omitindo para caberem na "opinião". Apresentam a sentença sabendo que a grande maioria não lerá. Faz a juíza, alguém com maior conhecimento dos fatos e muito melhor preparada, parecer uma louca destrambelhada.
    Resumo da ópera. Polícia recebe denúncia que irão explodir caixas de banco. Dirige-se ao local onde estariam os "suspeitos". Encontra um bando de gente com uniformes camuflados semelhantes aos usados pelo exército e mochilas. Começa um tiroteio (quem começou não foi possível determinar). O "um tiro do lado contrário" foi o que atingiu de raspão a cabeça de um sargento. Daí a conclusão da juíza de que não foi execução, a perícia determinou que os tiros foram efetuados de longe. O que foi encontrado com os coitados dos inocentes? 13 cartuchos de explosivos, 14 armas, 2 kilos de cocaína e 6 de maconha. Óbvio que nestas condições os policiais só poderiam efetuar disparos com uma sentença transitado em julgado do STF! Perícia vale nada, vale é a palavra dos moradores do local. A versão que vale é a que corrobora a ideologia. Apresentar os dois lados da história como os jornalistas pregam é só teoria.
    Existe um lado positivo. Ao menos não viraram professores.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo