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LAVA JATO. A troica Cunha-Renan-Collor, certeza de incômodo para a nomeação do novo Procurador Geral

Renan e Collor, alvos da Lava Jato, são os comandantes do possível constrangimento, no Senado
Renan e Collor, alvos da Lava Jato, são os comandantes do constrangimento, no Senado

Sim, estranhará o leitor: o que tem a ver o Supercunha (Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados), se a decisão será mesmo do Senado? Simples, nesse caso, ele trabalha em dobradinha com o presidente da “Câmara Alta”, Renan Calheiros, e o também senador Fernando Collor. Por quê? Porque os três estão pra lá de enrascados na Operação Lava Jato e Cunha e Collor, inclusive, não devem entrar em setembro sem, antes, ter sido denunciados pelo atual Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

Aliás, Janot, é provável, deve ser indicado para novo mandato, já que o dele termina exatamente em setembro. E é no Senado que a sua recondução, ou não, será decidida. Tudo isso e mais um pouco constitui-se em elucidativo material publicado na versão brasileira online do jornal espanhol El País. Vale conferir a reportagem de Afonso Benites, com foto de Marcos Oliveira, da Agência Senado. A seguir:

Senadores da Lava Jato preparam ‘limbo’ para novo procurador-geral

Se já não bastasse uma série de questionamentos de políticos acossados pela Lava Jato, o próximo procurador-geral da República deverá ser colocado pelo Senado Federal, ainda que temporariamente, em um limbo. Senadores aliados de alguns dos citados pela operação se articulam para causar algum constrangimento ao próximo ocupante do cargo máximo do Ministério Público Federal e tentar atrasar a investigação. O Governo Dilma Rousseff tenta barrar o movimento oferecendo cargos a sua base.’

Quatro procuradores concorrem ao cargo, que tem ser primeiro indicados pela presidenta e logo tem de passar pela confirmação no Senado. O atual ocupante da função, Rodrigo Janot, e os subprocuradores Carlos Frederico Santos, Mario Bonsaglia e Raquel Dodge são os concorrentes. Janot é o alvo preferencial do constrangimento, caso seja escolhido por Rousseff, porque é ele o atual responsável pelas investigações que envolvem deputados federais e senadores na Lava Jato.

A estratégia para entorpecer a designação do procurador parte principalmente de aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do senador Fernando Collor (PTB-AL) — ambos citados na Lava Jato. A ideia é protelar o máximo de tempo possível a votação de quem for indicado pela presidenta. Assim, o órgão seria comandado interinamente por um procurador que nem está disputando a eleição interna do órgão. O mandato atual se encerra em 17 de setembro e o interino ocuparia a função a partir dessa data até a oficialização do novo nome. Pela legislação, o ocupante seria o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público. Quem está nessa função atualmente é Eitel Santiago Pereira…”

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Um Comentário

  1. Gabriel Garcia Marquez ri em algum lugar do universo.
    Levy estuda uma forma de tributação da internet.
    Dilma lança o Pronatec Jovem Aprendiz e diz que não tem data para abrir vagas. Pediu ajuda a micro e pequenos empresários, bem como ao sistema S, para cumprir promessa que ela fez na campanha.
    Agora a recondução ao cargo do PGR pode depender de gente que ele provavelmente já terá denunciado.
    Este é um país que vai pra frente.

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