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ELEIÇÕES 2016. Convenção do PMDB tornará mais claro o cenário (ainda nebuloso) no lado do governo

Aldo Fossá (E) é o presidente e deverá continuar, pelos próximos dois anos. A não ser que...
Aldo Fossá (E) é o presidente e deverá continuar, pelos próximos dois anos. A não ser que…

É tão certo quanto você está lendo esta nota que o petismo tentará, na campanha eleitoral (e já busca isso hoje, ano e pouco antes), desconstruir o oposicionismo de Jorge Pozzobom ou de quem vier para a disputa pelo PSDB. Afinal, o deputado foi governo durante um bom tempo, no primeiro mandato de Cezar Schirmer. No entanto, isso é certo, há sólidos argumentos dos tucanos para se manter no lado oposto ao que estiver o prefeito. Logo, na oposição.

Mas isso, basicamente, é só o que resta definir, faltando tanto tempo para o pleito, no que toca à oposição. Quem é mais e quem é menos, enquanto as propostas sejam apresentadas, é o que teremos, independente dos nomes a ser apresentados à disputa.

A situação é bastante diferente, porém, no que se poderia chamar de bloco governista. Por razões estratégicas, o discurso do PDT, que ancora a candidatura de Marcelo Bisogno, ainda que não negando o impossível, isto é, que é governo, abre espaço para outras composições. Afinal, todos querem ganhar, não?

Do lado do PP, não há como ser diferente. O nome que surge, e é o único, aliás, não poderia ser mais governista. José Haidar Farret é vice-prefeito pelos dois mandatos de Schirmer. Mais: se na reeleição isso não foi tão sentido assim, na primeira vitória, ninguém duvida, sem ele o peemedebista não seria prefeito. Simples. É o que ajuda a explicar o apoio explícito ao pepista. Afora a lealdade no exercício do cargo, tem o reconhecimento e a gratidão. Coisas ainda importantes nesta vida, inclusive na política.

Só que essa posição do comandante do Palacete da SUCV, veja só, é um dos motivos da nebulosidade que cerca o período pré-campanha. Afinal, o que pensa Schirmer não é o mesmo que sai da cachola dos atuais dirigentes do PMDB, que não abrem mão do protagonismo, mesmo que seja, no extremo, “para perder”. E mais: não há quem imagine a eleição sem que o partido que está no Poder deixe de apresentar um candidato. Mesmo que ele seja, no momento, menos favorito que qualquer outro, para ser singelo na definição.

Como sair dessa enrascada, se isso é possível? O balizador será a convenção marcada para daqui poucos dias, em 29 de agosto. Há razoáveis indícios apontando em acordo para a eleição no Diretório Municipal. Quanto mais não seja porque, se formar chapa única é razoavelmente fácil, quase impossível é encontrar duas composições com representatividade mínima (desenhando: sem recorrer a CCs inexpressivos politicamente ou familiares convocados a oferecer sua assinatura).

Então, o Diretório será uno. Mas, e a Executiva, que vai definir e, sobretudo, negociar nomes e alianças? Se a convenção fosse hoje, Aldo Fossá continuaria presidente. Está trabalhando para isso. Ele e seus aliados se movem. E são bons nisso, porque, mais que quaisquer outros, conhecem os filiados. Ao menos aqueles que costumam ir em convenções. No entanto, não se deve desprezar o poder de quem ainda é o cara, com direito a usar a caneta, mesmo que por menos de 18 meses.

Vai daí que, se julho foi “do PT” e sua decisão, agosto é inteiramente “peemedebista”. Até porque há a necessidade (dos políticos, não da sociedade, que por enquanto está nem aí) de antecipar discussões e começar a negociar o jogo de 2016. E sem uma posição do PMDB, qualquer outra, do lado governista, ficará meio sem rumo. Nebulosa. Ou cabulosa, se me entendem.

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