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ELEIÇÕES 2016. Psolistas devem apresentar, outra vez, Tiago Aires como candidato. Confira as ideias dele

Pré-candidato do PSOL em 2016, Tiago Aires afirma não ser um político convencional
Pré-candidato do PSOL em 2016, Tiago Aires afirma não ser um político convencional

“Há uma relação espúria entre a Prefeitura e uma meia dúzia que pensa que manda na cidade”. Esse é o pensamento de Tiago Aires, que se coloca mais uma vez como pretendente ao gabinete principal do Palacete da SUCV. Ele é o nome do PSOL para concorrer em 2016.

Aires, que tem 36 anos e que iniciou sua militância partidária pelo PSDB, pelo qual concorreu inclusive à vereança, é, em princípio, o nome mais vistoso apresentado pelo que o editor chama de esquerda-esquerda de Santa Maria. E também foi entrevistado na série que está sendo publicada pelo jornal A Razão, com os pré-candidatos. Vale conferir as ideias dele, expostas na reportagem de Joyce Noronha, com foto de Gabriel Haesbaert. A seguir:

Tiago Aires, do PSOL, apresenta suas opiniões na série dos pré-candidatos

Apesar de ter nascido em São Sepé, Tiago Aires (PSOL) conta que se mudou com a família para Santa Maria quando ainda era criança. De família pobre, relata que começou a vida pública no movimento estudantil. Ao longo da carreira política, revela que sofreu muitos ataques dos opositores. “Eu era bastante despolitizado. Seguia a ‘realidade social’ de me afastar da política, que é exatamente o que os maus políticos, os políticos corruptos, querem. Se o povo não entende do assunto, não vai ter condições de reivindicar”, relata.

Aires comenta que quando tinha oito anos se acidentou em uma pracinha. O brinquedo quebrou por falta de manutenção e ele teve que passar muito tempo acamado para poder recuperar-se. Quando o pai de Aires decidiu processar a Prefeitura pelas más condições dos brinquedos, não conseguiu apoio de testemunhas. “Foi a primeira vez que sofri pelo sistema. As pessoas não quiseram testemunhar por medo do poder, do Poder Executivo”, recorda.

Já adulto, decidiu que para fazer a diferença precisava ingressar na máquina pública. Filiou-se então ao PSDB, partido pelo qual concorreu a vereador, mas não se elegeu. Dois anos depois, por divergências de ideais, optou por trocar de legenda e passou a compor o PSOL. Sigla que preside hoje em Santa Maria e pela qual concorreu à Prefeitura em 2012.

O pré-candidato diz que aprendeu muito nestes anos e acredita que sua “história de lutas” o credencia para assumir o cargo de prefeito. Ele diz que foi oprimido pelo poder, mas que não é “mais um garotinho de oito anos e com medo”…

Entrevista Tiago Aires

A Razão – Por que o senhor quer ser prefeito de Santa Maria?

Aires – Há uma relação espúria entre o Executivo Municipal e um grupo de meia dúzia que pensa que manda na cidade. O poder público em Santa Maria virou um balcão de negócios. Então atende a interesses particulares. Quando eu digo que o poder público virou um balcão de negócios, quero dizer que não é só em Santa Maria, isso se espalhou pelo Brasil. Então a população está à mercê da relação do Poder Executivo com as empresas contratadas para prestar serviços, do transporte público e por aí vai. Se faz necessário um partido como o PSOL para acabar com isso, para romper com esse ciclo. É necessário.

A Razão – O senhor acredita que a possibilidade de segundo turno nas eleições vai modificar muito o quadro do pleito? E se o PSOL não chegar ao segundo turno, o partido vai apoiar algum candidato de outra legenda ou vai se manter isento?

Aires – A nossa vontade é iniciar uma Frente de Esquerda. Mas para nós o segundo turno nunca interviu em ter candidatura ou não, ou ir para a disputa ou não. Para nós, é independente de ter segundo turno, o PSOL tem candidato para 2016, o PSOL vai à luta em 2016 e vai à luta em ano em que não tem eleição também. A única coisa que quer dizer para nós o segundo turno, é que talvez algum setor da população que votou errado da outra vez, agora veja que há condições de votar em um candidato de esquerda que não está preso a essas amarras das relações espúrias público-privadas e que pode dar um voto para este candidato em primeiro turno. E não há a menor possibilidade da gente apoiar qualquer partido que não seja ligado à Frente de Esquerda.

A Razão – Qual o principal problema da cidade?

Aires – É essa relação espúria. Na verdade, eu vejo que a área que a população mais sente é na Saúde. Claro que é por que é o mais pobre que vai usar a Saúde. Embora ela seja universal, quem mais precisa e que vai lá esperar seis ou sete horas para ser atendido é a pessoa mais pobre. Na verdade essa relação espúria atinge a área da Saúde com mais força em função disso. Em agosto, fiz uma cirurgia de apendicite. Fui para a UPA e fiquei três horas e meia esperando, com dor, para ser atendido. E eu não sou um político convencional. Não fico sabendo do problema da saúde por que me informaram. É porque…”

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