Fontes da organização chegaram a falar em 30 mil participantes. O G1, portal de notícias das Organizações Globo, referiu 21 mil, no NOTICIÁRIO acerca do evento. O jornal eletrônico Sul21, no depoimento de um veterano sindicalista, comparou o tamanho com outra assembleia similar, ocorrida nos anos 80. Qualquer que seja o número, porém, foi grandiosa a manifestação desta terça-feira, na capital gaúcha.
O inédito, no caso, foi a unidade demonstrada por mais de 40 categorias de funcionários públicos estaduais. Que decidiram, por conta do parcelamento dos salários de julho e da iminência da repetição em agosto, além contrariedade em relação às medidas de ajuste fiscal propostas pelo governador José Ivo Sartori, paralisar os trabalhos por três dias, entre esta quarta e a sexta-feira.
Claro que houve uma reação do Palácio Piratini, como você lerá em nota a ser publicada aqui dentro de poucos minutos. E ela não foi exatamente branda. Mas, para começar, tratemos da própria assembleia histórica. E acompanhemos o relato produzido pelo Sul21, que enfatizou justamente o ineditismo da unidade, como você confere na reportagem assinada por Marco Weissheimer, com foto de Guilherme Santos. A seguir:
“Servidores constroem unidade inédita e iniciam greve geral…
…“Aqui no Rio Grande do Sul, ninguém vai bater nos professores como aconteceu no Paraná. Ninguém vai encostar um dedo em um professor. Não permitiremos. Bater em professor é como bater na própria mãe”. A fala de Isaac Ortiz, presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), durante a assembleia geral do funcionalismo público estadual, no Largo Glênio Peres, sintetizou a unidade inédita do movimento dos servidores contra as políticas do governo José Ivo Sartori (PMDB). Mais de 43 entidades de servidores participaram da organização do ato desta terça-feira que decretou greve geral de três dias de todo funcionalismo público. Todas as categorias de servidores do Estado estiveram representadas na mobilização que iniciou pela manhã e terminou no final da tarde com um ato em frente ao Palácio Piratini.
Perguntado sobre a dimensão da manifestação desta terça, Claudio Augustin, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do RS (Sindsepe), lembrou uma caminhada ocorrida durante a greve do magistério no governo de Pedro Simon, em 1987. “Ela saiu do colégio Júlio de Castilhos e quando chegamos ao viaduto da Duque, ainda tinha saindo do Julinho”. Em comum com aquela caminhada de 1987, o mesmo partido no governo, o PMDB, e a presença de milhares de servidores nas ruas caminhando em direção ao Palácio Piratini.
A diferença entre o que ocorreu hoje (18) e a manifestação de 1987, assinalou Augustin, é a presença maciça de policiais civis e militares lado a lado com professores e outras categorias de servidores. Essa aliança, acrescentou o dirigente do Sindsepe, dá maior consistência política ao movimento que deve se preparar para uma luta de longo prazo contra um governo que pretende implementar políticas de diminuição do tamanho do Estado e arrocho salarial. “Esse é um dia histórico no Rio Grande do Sul. Os servidores públicos, de forma unificada, estão dizendo basta aos desmandos do governador Sartori que, desde que assumiu, só criou terror”, disse ainda o presidente do Sindsepe.
“Estamos mostrando hoje com quem o governador José Ivo Sartori se meteu. O senhor usurpou o nome do nosso Estado para fazer sua campanha eleitoral, escondendo que queria privatizar o Estado e arrochar os servidores”, disse, em cima de um caminhão de som instalado no Largo Glênio Peres, a presidente do Centro de Professores do Estado do RS (CPERS Sindicato), Helenir Schürer. “Não vamos nos curvar para essas políticas. Estamos deflagrando hoje greve até a vitória”, acrescentou a dirigente do CPERS. A entidade deu uma demonstração de força nesta terça, ao lotar o Gigantinho no início da manhã, em uma assembleia que aprovou a greve de três dias e a luta unificada com as demais categorias do funcionalismo.
O caráter histórico dessa unidade foi destacado por vários oradores na assembleia realizada no Largo Glênio Peres. “Essa união que estamos vendo aqui hoje faz lembrar o comício das diretas”, afirmou Sérgio Arnoud, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado do RS (Fessergs). “Estamos deixando muito claro aqui que não vamos permitir o apequenamento do Estado, o arrocho e o parcelamento de salários. Nossa unidade é nossa força”, destacou Arnaud. Na mesma direção, Mara Feltes, do Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do RS (Semapi), condenou o…”
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