ANÁLISE. Num cenário sem Farret, PP acabará como coadjuvante. E o PMDB terá que encontrar um nome
O prefeito Cezar Schirmer é sincero. Seu candidato a prefeito de Santa Maria é José Farret, do PP. No mínimo, mas no mínimo, por lealdade e agradecimento. Primeiro, sempre teve o apoio do pepista nos já seis anos e meio de governo. Segundo porque sabe que, sem a presença de Farret na chapa formada para o pleito de 2008, talvez não estivesse hoje no gabinete principal do Palacete da SUCV. Assim, nada mais natural que chancelasse, sem qualquer pejo, a intenção de seu parceiro politico de voltar a ser prefeito. Isso, independente do que seu próprio partido, o PMDB, pense acerca de abrir mão para o PP a cabeça da chapa.
Dito isto, ao fato da hora. Sim, há uma remota (não mais que isso) chance de uma reversão na Justiça capaz de garantir a candidatura de José Farret, que hoje é inelegível, como você soube em entrevista EXCLUSIVA do editor com o próprio pepista, na manhã de sexta-feira. Mas isso, se acontecer, não será imediatamente. Ao contrário, pode arrastar-se até meados do próximo ano ou até além.
Como o tempo da política é diferente de qualquer outro, especialmente o jurídico, há um fato insofismável: José Farret está fora, se não totalmetne do pleito, do debate que o cerca. Os partidos aliados simplesmente não podem esperar, sob pena de entregar a vitória aos que também, legitimamente, aspiram ao poder municipal.
Farret disse a este editor, em papo que acabou não indo para o video, que “talvez” seja o caso de o PP pensar num plano B. Sem ele, portanto. Ocorre, porém, que os pepistas não têm qualquer nome possível para a cabeça da chapa. Vai daí que a primeira e óbvia conclusão é que, para manter a parceria com o PMDB, o candidato a prefeito será do partido de Cezar Schirmer. E o vice? Do PP. Provavelmente.
A menos que se tire coelho da cartola, e embora o PP pudesse tentar fazer o cabeça de chapa (Sérgio Cechin?), o fato é que os peemedebistas, ainda que com muitas reticências, aceitariam apenas Farret. Com ele fora, aos pepistas caberá o papel de coadjuvantes. Importantes, sim, mas secundários. Em qualquer aliança que se forme diante do quadro que se apresenta hoje. Aí, a melhor alternativa ainda seria, inclusive por influência de Farret, ser vice de… De quem mesmo?
O desafio de Schirmer, agora, na medida em que é o maior líder do partido, é, junto com o presidente da sigla, Cezar Gehm, definir o rumo do PMDB para 2016 num cenário sem Farret., e mantendo o PP como parceiro. E impor o nome principal da aliança. Quem desponta, nesse momento (e já era assim, até sexta), é Tubias Calil, secretário de Infraestrutura. Outro é o próprio Ghem. E quem mais? Qualquer outro nome que vier a ser citado, neste momento, é apenas para preencher o noticiário. Nada mais.
E os outros partidos, inclusive os da oposição? Quietos é como estão. Inclusive para ver o que pode sobrar pra eles. Ou alguém duvida?
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