EPA, OPA. Então, a Operação Zelotes estaria atrás de mais um gaúcho? E tão graúdo quanto RBS e Gerdau?
Como se sabe, a chamada mídia tradicional não se ocupa de uma operação de somenos da Polícia Federal e do Ministério Público. Afinal, são “apenas” R$ 6 bilhões que podem ter sido sonegados. Já era difícil ver alguma coisa nos grandões, inclusive (ou especialmente) do Rio Grande amado, quando se sabia que entre os investigados estão os poderosos grupos Gerdau e RBS. Imagina, então, agora, quando um tubarão estaria na mira da operação Zelotes.
Como assim? É isso: semana passada, a ação que teve como alvo a bela Santo Angelo se destinava a fazer buscas num escritório de contabilidade que tem entre seus donos um dos delatores da Operação. E que é (ou foi) sócio do ex-deputado federal do PP, Augusto Nardes, hoje Conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCU). Coincidentemente, inclusive, é o relator (e tem falado muito em entrevistas, mais até que nos autos) das contas do ano passado da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer.
Mas, como assim, Nardes? Pois é. Ah, ele tem foro privilegiado e, no que toca a ele, a investigação vai parar no Supremo Tribunal Federal. Quem conta melhor essa história é a versão online da revista Carta Capital. A reportagem é de André Barrocal, com foto de Valter Campanato, da Agência Brasil. Acompanhe:
“Augusto Nardes, do TCU, estaria no esquema de corrupção no Carf?…
… A Operação Zelotes, que apura um esquema de corrupção destinado a anular a cobrança de bilhões em tributos federais, esbarrou em uma alta autoridade da República. Por este motivo, é iminente o envio de parte das investigações ao Supremo Tribunal Federal (STF). O personagem em questão pode ser o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, ex-deputado federal pelo PP gaúcho.
Na quinta-feira 3, a Zelotes realizou nova busca e apreensão de provas. Foi uma batida conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público, da Corregedoria do Ministério da Fazenda e da Receita Federal. O grupo foi às ruas em São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Nos pampas, o alvo foram três escritórios de contabilidade em Santo Ângelo. Município de 78 mil habitantes, é a terra natal de Paulo Roberto Cortez, um dos delatores do esquema.
Santo Ângelo também é a cidade de Nardes. Segundo informações obtidas por CartaCapital, o nome do ex-deputado teria aparecido durante as investigações da Operação Zelotes na condição de sócio de uma das empresas participantes da fraude.
À reportagem, Nardes disse que, ao se tornar ministro do TCU há dez anos, afastou-se de todas as empresas das quais era sócio. Não descartou, porém, que algum destes desligamentos tenha levado um certo tempo para se consumar, nem que alguma das empresas tenha sido usada indevidamente por terceiros. Afirmou conhecer Paulo Cortez “superficialmente” e ter deixado Santo Ângelo em 1995. “Estou tranquilo, me afastei de todas as empresas”, disse.
Nardes foi indicado para o TCU em 2005 pelo então líder da bancada de deputados federais do PP, o falecido José Janene, e posteriormente aprovado no plenário da Câmara. Amigo do doleiro Alberto Youssef, Janene é um dos nomes do esquema desvendado pela Operação Lava Jato, de superfaturamento de obras da Petrobras por parte de um cartel de empreiteiras e de agentes públicos. Janene também estava no “mensalão” do PT. Não foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012 por ter morrido dois anos antes.
O esquema desmontado pela Zelotes funcionava dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), um órgão do Ministério da Fazenda. O Carf é onde governo e contribuintes tentam resolver disputas tributárias sem passar pelo Judiciário. Quando não há acordo, a pendência vai aos tribunais.
Segundo as investigações, havia conselheiros do Carf dispostos a manipular julgamentos com o objetivo de livrar os contribuintes de dívidas. No meio do caminho entre os conselheiros corruptos e os contribuintes subornadores, havia um laranjal de empresas de fachada, cuja função era encobrir a natureza ilegal do dinheiro pago de um lado e embolsado de outro.
O esquema fraudulento de perdão de dívidas beneficiava grandes empresas, de acordo com as investigações. Entre estas, RBS, Santander, Bradesco, Opportunity, Camargo Correa, Safra, Gerdau. As apurações da Zelotes miram um conjunto particular de 74 processos suspeitos do Carf. São casos de 2005 a 2013. Juntos, somam 19 bilhões de reais que podem ter sido sonegados…”
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Rindo muito, bastante mesmo. Desqualificação utilizando a falácia do espantalho. Onde está no meu comentário a menção, que dirá defesa, ao Santander, ao Bradesco, RBS, Gerdau, Opportunity, Camargo Correa, Safra, Gerdau? Ou sou mágico, defendo alguém sem nem mencionar?
O comentário é sobre qualidade do jornalismo e falta de qualidade da administração (se é que pode-se chamar assim) petista.
Interpretei bem, tem alguém defendendo sonegadores e a oligarquia do poder? Vai me dizer que tem algo a perder ou só é mais uma pessoa feliz que acredita que todo o mal está contido apenas num partido? O Brando, espero mais de ti pela boa argumentação que aparenta ter. Quem sabe banca um pouco o advogado do diabo de quem e o que tanto defendes, isso traz um pouco de lucidez, eu acho!
"O melhor exemplo do pior tipo de jornalismo."
Quando à informação vem para esclarecer e colocar sob suspeita os grandões do crime fiscal. Santa Maria ja tem um defensor da sonegação- Brando, o sabe tudo e opina sobre todo e qualquer assunto.
FAÇA MELHOR,brando, envie suas suposições para à
Procuradoria da República no Distrito Federal,A/C Frederico Paiva.
Estarás, com certeza, contribuindo.Com quem????
O melhor exemplo do pior tipo de jornalismo. Alguém já disse que não basta pregar a paz, é necessário ser pacífico. Coerência é o mínimo que se pode esperar de quase todo mundo.
Não é uma defesa de Nardes, até porque não tenho procuração para isto. Também não muda nada a vida. Pode ser implicado ou não, tanto faz.
Problema são as ilações. "Delator é (ou foi) sócio". Nardes foi sócios de Janene (já falecido, não pode se defender) que é muito mencionado numa série de acontecimentos. O que acontece se o sujeito tiver nada a ver com o assunto? No judiciário não resolve, tudo muito subjetivo. Só que o travesseiro de penas já voi aberto.
"Veja" é a revista que ataca os inimigos políticos, veja bem. Nardes não é o relator das contas de Dilma e Temer. Os dois estão juntos, mas o galho em comum é no TSE, contas eleitorais.
Nardes é relator das "pedaladas fiscais". Dilma está abraçada com o ex-ministro da fazenda e o ex-secretário do Tesouro nesta. Antigamente haviam as "pedaladas pulga". Dilma, no espírito "nunca antes na história do país", criou as "pedaladas elefante". Vai dar nada, podem esperar, a pulga justifica o elefante.
E o Conselho de Administração de Recursos Fiscais? Criado pela lei 11.941 de 2009. Assinam a lei Luiz Inácio, Tarso Fernando, Mantega, Reinhold Stephanes e José Antonio Dias Toffoli. Até o meio do ano tinha 216 conselheiros, reduziram para 130. Claro que existem aspones, afinal, para o partidinho aquele "quanto mais Estado melhor".
Miauuuuuuu !!!!