É ESPORTE. A vitória do futebol do interior, na estreia de Guilherme Kalsing. E o “cara” de SM no handebol

Por GUILHERME KALSING

Antes de iniciar o texto, é preciso agradecer o convite do editor deste sítio, Claudemir Pereira, para escrever sobre esporte, em um espaço tão lido pelas questões políticas, será um prazer dividir com seus leitores e seguidores opiniões sobre várias modalidades.

É impossível não citar em primeiro lugar a façanha de dois clubes do interior do Rio Grande do Sul no último sábado dentro do cenário nacional. O Brasil de Pelotas, que em 2009 se via mergulhado em uma tragédia com a morte de ídolos como o zagueiro Régis e o atacante Claudio Millar, seis anos depois, consegue uma ascensão meteórica para a Série B do  Campeonato Brasileiro, ao segurar o 0x0 contra o Fortaleza, diante de 60 mil expectadores.

#

Um acesso fruto de um trabalho sério, que teve sequência, uma filosofia empregada pelo técnico Rogério Zimmermann (na montagem acima) que foi bancado pela direção Xavante desde meados de 2012, ainda na segunda divisão do futebol gaúcho. Certamente, lá do céu, Millar, Régis e tantos outros xavantes estão comemorando assim como os torcedores o ressurgimento do clube.

A outra grande notícia foi o Ypiranga, de Erechim, que precisou dos pênaltis para avançar sobre a Caldense de Minas Gerais e ingressar na Série C, se juntando ao Juventude, a partir de 2016. Leocir Dall’Astra, que teve uma rápida passagem pelo Riograndense, é o grande nome, porque montou todo o projeto há pelo menos três anos.

Que sirva de exemplo para dois clubes de Santa Maria.  Planejamento estratégico, sequência de trabalho, filosofia de jogo e estrutura profissional pode não levantar taça, mas ajuda a chegar perto dos objetivos.  Brasil e Ypiranga provam que é possível basta ter vontade.

SEM PÂNICO, GREMISTAS

Perder nunca é bom, muito menos da forma que foi para a Chapecoense, de virada e dentro de casa, como fez o Grêmio. O resultado fez ressurgir alguns resmungos diante do trabalho de Roger e suas escolhas técnicas. A carência por levantar taças faz o torcedor gremista facilmente entrar em pânico, mas não há necessidade disso.

O Grêmio não será campeão, mas nas mãos de Roger, mesmo que ainda cometa alguns equívocos, normais dentro do futebol, a vaga para disputar a Libertadores da América deve sim ser comemorada.

INTER EVOLUI FEITO LESMA

O Colorado do meu conterrâneo Argel Fucks (somos de Santa Rosa) venceu o  Flamengo, fora de casa, algo incomum dentro da campanha no brasileiro. Isso é sim algo para ser comemorado. Porém, o time segue jogando pouco, excessivamente defensivo e fora dos padrões históricos que o torcedor vermelho está acostumado. O Inter gasta muito no elenco, alguns dizem que a folha é mais de R$ 10 milhões ao mês, diante disso não pode se apequenar independente de quem for o adversário.

É preciso voltar a ser gigante e, se isso acontecer nestas últimas rodadas, quem sabe o time não belisca uma quarta ou até quinta vaga para a Libertadores.

SANTA-MARIENSE NO HANDEBOL

Pouca gente sabe, mas no último dia 14, o técnico santa-mariense Alexandre Schneider (foto acima), que comanda a Associação Atlética Universitária, de Concórdia, Santa Catarina, garantiu vaga para a semifinal da Liga Nacional de Handebol 2015. Venceu a equipe de Caxias do Sul e, pelos cruzamentos, irá enfrentar o Vasco da Gama.

Schneider vai em busca do segundo título da competição nacional comandando a equipe catarinense. A primeira conquista foi em 2013, derrotando a tradicional Metodista, de São Bernardo do Campo.   Ano passado, ele também levou a equipe ao título da Copa do Brasil.

Os jogos das semifinais serão disputados em novembro e terão transmissão da TV fechada.