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KISS. Acusados de homicídio qualificado começam a ser ouvidos na terça. Isso, claro, se eles quiserem falar

Hoffmann, que depõem na capital, vai responder. Kiko e os demais, ainda não se sabe
Hoffmann, que depõem na capital, vai responder. Kiko e os demais, ainda não se sabe

A estratégia da defesa é montada, sempre, entre os advogados e os réus. Em qualquer caso. No julgamento criminal da tragédia da Kiss, em que há quatro acusados de homicídio qualificado, não é diferente. Até aqui, um deles, Mauro Hoffmann,justamente o único que vai depor em Porto Alegre, e não em Santa Maria, já declararou, por seus defensores, que não ficará calado.

E os outros, como se comportarão? É sobre isso, e também outras questões ligadas ao processo, praticamente 34 meses após a tragédia, que trata material publicado na edição deste final de semana do jornal Diário de Santa Maria. A reportagem é de Lizie Antonello. A imagem é de reprodução. Acompanhe:

kiss seloRéus podem não falar em interrogatório

… A fase de interrogatórios dos quatro réus do principal processo criminal da Kiss começa na terça-feira e segue nos dias 1º e 3 de dezembro. Mas as datas e horários agendados não são garantias de que os acusados falarão à Justiça. Isso porque, mesmo nesta que é a última fase antes da decisão do juiz Ulysses Fonseca Louzada sobre se haverá ou não júri popular, os réus têm o direito de ficar em silêncio. Dos quatro, apenas Mauro Hoffmann, por meio da sua defesa, adiantou que vai responder às perguntas.

Marcelo de Jesus dos Santos, Luciano Bonilha Leão, Elissandro Spohr, e Mauro, são acusados por homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar) qualificado (por asfixia, fogo e motivo torpe) de 242 pessoas e tentativa de homicídio de outros mais de 600 feridos decorrentes do incêndio na casa noturna em 27 de janeiro de 2013.

O primeiro interrogatório é o de Marcelo, na terça. À época do incêndio, ele era o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira que segurou o artefato pirotécnico que deu início ao fogo. O advogado dele, Omar Obregon, não disse se Marcelo vai ou não falar em juízo.

– É difícil falar sobre o fato. Minha orientação sempre foi de prestar todos os esclarecimentos, mas reviver isso tudo não é fácil – disse o defensor.

Marcelo foi preso no dia seguinte ao incêndio e, assim como Luciano e Mauro ficou na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) até 29 de maio de 2013, quando Obregon conseguiu na Justiça a liberdade dos quatro réus.

Depois de sair da prisão, Marcelo retomou a atividade principal, de azulejista, profissão que desempenha há cerca de 18 anos na cidade. Ele não chegou a ser internado por problemas de saúde decorrentes do incêndio, mas ainda hoje, sente os efeitos da fumaça tóxica aspirada dentro da boate. Aos 35 anos, sente a falta de resistência para chegar ao topo dos altos prédios em construção _ e, portanto, sem elevador _ em que coloca pisos e azulejos. O defensor diz que Marcelo não conseguiu ser atendido no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) onde as vítimas da tragédia recebem atendimento. Ele faz tratamento em São Vicente do Sul. Aos poucos, a vida com a mulher e as duas filhas foi sendo retomada, apesar da dificuldade financeira inicial. Marcelo foi o único dos quatro réus que participou de todas as audiências.

Luciano, que hoje tem 38 anos, era o produtor de palco da banda na noite da tragédia. Ele será interrogado na quarta-feira. Foi ele que, segundo a acusação, comprou e acionou o artefato usado por Marcelo. Assim como o colega de banda, Luciano continuou morando na cidade, com a mulher (ele não tem filhos).

Conforme o advogado Gilberto Weber, após sair da prisão, Luciano atuou por um tempo como motoboy, mas acabou voltando a trabalhar com a música. Desta vez, colocando som em eventos, o que faz atualmente…”

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