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CÂMARA. Pimenta quer STF agindo contra Cunha. E duvida que Michel Temer seja capaz de ato de traição

Paulo Pimenta bate duro em Eduardo Cunha, que se beneficia do cargo de Presidente da Câmara dos Deputados (fotomontagem de Reprodução) para barrar processos contra ele próprio
Paulo Pimenta bate duro em Eduardo Cunha, que se beneficia do cargo de Presidente da Câmara (fotomontagem de Reprodução) para barrar processos contra ele próprio

Uma entrevista bastante interessante, publicada originalmente na versão online da revista Carta Capital, coloca o santa-mariense Paulo Pimenta como um dos protagonistas da política nacional. No material, o parlamentar petista afirma que Eduardo Cunha usa a Presidência da Câmara dos Deputados em benefício próprio, por exemplo.

Além de bater duro em Cunha, por conta das manobras do peemedebista para adiar a votação sobre o seu processo de cassação no Conselho de Ética, e acreditar que “já passou da hora de o STF e o Ministério Público se manifestarem”, Pimenta fala sobre as ações do vice-presidente Michel Temer. E aí… Bem, vale conferir a reportagem assinada por  Débora Melo. A seguir:

Passou da hora de o STF se manifestar contra Cunha, diz Paulo Pimenta

…As manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para impor suas regras ao funcionamento da Casa se tornam cada vez mais evidentes. Especialista em encontrar brechas no regimento interno da Casa, Cunha usa seu poder e um grupo de aliados para impedir, inclusive, o livre funcionamento do Conselho de Ética, que há sete sessões tenta, sem sucesso, votar um relatório que pode resultar na cassação de seu mandato.

Em entrevista a CartaCapital, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), líder do governo na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, afirma que tanto o Supremo Tribunal Federal quanto o Ministério Público precisam se manifestar em relação a esses excessos. A expectativa é de que uma resposta venha na próxima quarta-feira 16, quando o STF vai julgar ações que questionam o rito adotado por Cunha na eleição da comissão especial do impeachment. “Nós estamos convencidos de que, de lá para cá, ocorreu um conjunto de fatos que caracteriza ainda mais o abuso de poder e o desvio de finalidade”, diz Pimenta. “Ele paralisa votações e coloca o país de joelhos”, continua. 

Sobre a crise política que se agrava no Palácio do Planalto, o deputado disse não acreditar que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) seja capaz de romper com a presidenta Dilma Rousseff. “Nós confiamos que ele tem todas as condições de cumprir o seu papel constitucional, principalmente em um momento de crise econômica e política.”

Leia a entrevista abaixo:

CartaCapital: O que o governo espera do julgamento das ações que questionam, no STF, o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff?

Paulo Pimenta: Em primeiro lugar, que exista uma regra. A inexistência de uma regra clara permite que o presidente Eduardo Cunha sucessivamente crie seu próprio rito, o que nos obriga a recorrer à Justiça a toda hora. Isso cria uma instabilidade jurídica e uma instabilidade política. Então o STF vai criar um rito e nós acreditamos que existe a possibilidade de ser afastada, por exemplo, a questão que foi objeto da denúncia, sobre os créditos do Orçamento. A lei estabelece que é preciso que haja o dolo, e está claramente comprovado que não houve.

CC: Na eleição da comissão especial do impeachment, a chapa governista teve 199 votos contra 272 da chapa da oposição. O resultado surpreendeu a base?

PP: A votação ilegal, secreta, acabou alterando, do nosso ponto de vista, o resultado da votação. Em uma votação dentro da lei, o resultado teria sido diferente. Então não temos como considerar esse resultado, porque ele é fruto de um processo ilegal.

CC: Como é possível que Eduardo Cunha ainda tenha sucesso em suas manobras?

PP: Nós achamos que já passou da hora de o Supremo Tribunal Federal e o Ministério Público Federal se manifestarem. Não faltam elementos que comprovem a obstrução do pleno funcionamento do Conselho de Ética, bem como a utilização das prerrogativas que o cargo lhe confere para criar elementos de uma estratégia de defesa. Tudo isso está mais do que comprovado, ninguém tem dúvidas.

O abuso de poder e o desvio de finalidade ocorrem quando o agente público se utiliza do cargo ou das prerrogativas do cargo para tomar decisões que não sejam de interesse público. É o que ele está fazendo todos os dias. Agora a Mesa resolveu tirar o relator do Conselho de Ética. A sessão já foi adiada seis vezes. O que mais precisa ser feito?…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

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