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CIDADANIA. A escravidão ainda está longe de ser página virada na história do Brasil, escreve professora

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A questão do racismo e sua inserção na vida do País, não obstante o “senso comum” de que vivemos uma democracia racial. Isso e muito mais estão em artigo digno de ser lido com a devida atenção, publicado originalmente no portal “Justificando”. Sua autora é a professora de Direito e Processo Penal, Michelle Cabrera. Acompanhe:

No Brasil, a escravidão é uma página que ainda não foi virada

Há um incômodo no ar. Poucas ideias são tão difundidas e partilhadas pelo senso comum brasileiro como a noção de democracia racial, que se refere à igualdade entre os brasileiros de todas as cores, raças e culturas. Em que pese o sentimento – bastante confessado – de antirracismo, é notória a persistência da discriminação em virtude da cor e são diários e rotineiros – infelizmente – os casos de ataques à população negra (preta e parda), mister nas periferias brasileiras.

Emerge desta aparente contradição – forjada pelo discurso de setores da sociedade que negam a existência de racismo no país e pelos números que os contradizem (especialmente o percentual de letalidade da juventude negra em três Estados brasileiros, especificamente) – a necessidade de se compreender a historicidade desta cultura em torno de um ponto específico, qual seja, a experiência atordoada das malhas da escravidão brasileira.

Para Caio Prado Jr., a formação da sociedade brasileira é um corpo desagregado que beira o inorgânico[1]. O sentido do que ele chamou de inorgânico pode ser compreendido a partir de dois aspectos essenciais: a um, o sentido da colonização, tida como uma grande empresa comercial forjada pela imposição de valores de troca voltados primordialmente ao mercado externo (aqui estaria o cerne da formação desagregada e da dupla barbárie, engendrada pela submissão dos escravos e dos povos originários); a dois, a reificação das relações entre escravos e senhores, que dominou as relações constitutivas da formação da sociedade[2].

As atrocidades e a barbárie dos métodos utilizados pelos colonizadores tornaram-se imanentes ao processo colonizatório, que não criou oportunidades de desenvolvimento aos escravos, aos quais foram impostas condições de absoluta desumanidade existencial e toda sorte de crueldade. Trata-se daquilo que Caio Prado Jr. chamou de “ausência de nexo moral”[3] – no sentido amplo de conjunto de forças de aglutinação, complexo de relações humanas que mantêm ligados e unidos os indivíduos e os fundem num todo coeso e compacto…”

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OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra esta nota é uma reprodução do portal Justificando.

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