ESTADO. Ex-deputado Marco Peixoto, réu no STJ, por estelionato, é o novo presidente do Tribunal de Contas
Uma controvérsia e tanto, essa que correu nos bastidores, nos últimos dias, inclusive com pedidos judiciais para impedir o que aconteceu. E o que houve, nesta quarta-feira? Confira no material publicado no G1, o portal de notícias das Organizações Globo. A foto é de Claudir Tigre, da assessoria de comunicação do Tribunal de Contas do RS. A seguir:
“Réu por estelionato no STJ, Marco Peixoto é eleito presidente do TCE-RS…
…O conselheiro Marco Peixoto foi indicado como presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), em sessão especial ocorrida na manhã desta quarta-feira (16), na sede da corte em Porto Alegre. Seguindo a tradição, os conselheiros indicaram Peixoto pelo critério de antiguidade.
Pelo mesmo preceito, Iradir Pietroski assume como vice-presidente. A posse de Marco Peixoto como presidente ocorre logo após a sua indicação, no auditório Romildo Bolzan, na sede do TCE-RS.
O conselheiro responde a processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por estelionato, acusado de empregar funcionários fantasmas quando era deputado estadual, e emprega um assessor condenado por desvio de recursos na Assembleia Legislativa.
Em agosto, Peixoto se tornou réu por estelionato após o STJ acolher denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Ele é acusado de manter funcionários fantasmas no gabinete quando foi deputado estadual pelo PP em 2007. Para a ONG Contas Abertas, que fiscaliza órgãos públicos, a eleição de Peixoto compromete a imagem do tribunal.
“Não pode pairar qualquer dúvida sobre uma corte tão importante. Eu acho que os próprios pares deveriam se reunir e cogitar outro nome, simplesmente, isso pode ser feito. Pra evitar que esse desgaste futuro seja ainda maior, sobretudo, se essas investigações evoluírem e ele acabar inclusive condenado”, diz o secretário-geral ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco.
Assessor de Peixoto, Antonio Valtair Machado, que ganha R$ 11,8 mil por mês no TCE, terá de devolver cerca de R$ 20 mil aos cofres públicos. O dinheiro tinha sido destinado a ONGs de Santiago, na Região Central, pelo então deputado Marco Peixoto, de quem Valtair também foi assessor na Assembleia.
“No entanto, as ONGs nunca manusearam o dinheiro, porque eles retiravam dinheiro no caixa do banco e entregavam em mãos ao Valtair”, explica o promotor de Justiça Sergio Diefenbach.
Mesmo depois da condenação, Antonio Valtair Machado continua trabalhando com o conselheiro. Marco Peixoto chegou a ser denunciando por esse desvio de verba, mas o então procurador-geral de Justiça arquivou a acusação. O desvio da verba foi uma das razões para o Ministério Público de Contas (MPC) tentar barrar, sem sucesso, a posse do conselheiro em 2009.
“Uma corte de contas a quem incumbe zelar pela legalidade, pela moralidade, por todos os princípios da administração publica, a ela é fundamental que tenha a sua condução por pessoas que têm reputação ilibada, que não tem questionada a sua legitimidade perante à população”, diz o procurador-geral do MPC, Geraldo da Camino.”
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São os novos tempos !!!! Por aqui "raposas" cuidam dos "galinheiros" !!!!