CIDADE. Ação de assaltantes no centro não ajuda a minorar sensação de insegurança dos santa-marienses

É simples: os homens e mulheres da área de segurança pública já deram várias demonstrações de sua qualidade e capacidade de enfrentamento das situações. Mas são em número pra lá de insuficiente e isso é perceptível a olho nu. Pela população e, também, por quem deseja burlar a lei. Pode, claro, não ser a única, mas certamente é uma das explicações para a expansão de ações inimagináveis até outro dia.

Sim, a responsabilidade é do Estado. Que precisa ajudar a resolver. Do contrário, não demora e os confrontos (que começam a ficar comuns na Região Metropolitana de Porto Alegre, por exemplo) entre bandidos e policiais, com mortes de lado a lado, se intensificarão.

Em Santa Maria isso (ainda) não ocorreu. Mas fatos como o registrado na manhã passada, no centro da cidade, dão uma boa ideia do quanto a sensação de impunidade é perceptível aos assaltantes que… Bem, a história está contada na versão online do jornal A Razão. A reportagem é de Fabrício Minussi, com foto de Gabriel Haesbaert (Reprodução). A seguir:

“Bandido se passa por carteiro para invadir prédio do Centro…

… Uma quadrilha formada por cinco indivíduos, sendo um deles uma mulher, invadiu o Edifício Pablo Picasso, na Rua Pinheiro Machado, no Centro de Santa Maria, na manhã desta terça-feira e fez cinco pessoas reféns durante um assalto. As vítimas foram o porteiro e quatro pessoas que estavam em dois apartamentos do prédio, pertencentes à mesma família. Uma delas era uma idosa de 80 anos, que sofre de Mal de Alzheimer Durante a ação foram levados relógios, jóias, celular e chaves. As vítimas foram amarradas e amordaçadas.

O fato ocorreu pouco após às 9h10. As câmeras de vigilância registraram a ação dos bandidos que chegaram ao local em um veículo com logomarca dos Correios. Um dos assaltantes estava vestido de carteiro. A dona de um dos apartamentos, uma empresários de 52 anos, recebeu a reportagem de A Razão e narrou o que teria ocorrido. Ela estava no trabalho quando o prédio foi invadido e recebeu a informação do que teria acontecido durante telefonema de uma das vítimas, uma auxiliar de serviços gerais que trabalha para ela.

“Um homem vestido de carteiro chegou à portaria com uma caixa e outros itens que supostamente seriam entregues para a minha mãe, que mora no sexto andar. Assim que o porteiro permitiu a entrada no prédio o carteiro apontou uma arma que estava escondida embaixo da caixa que carregava e anunciou o assalto”, afirmou a empresária, enquanto mostrava o apartamento todo revirado. No momento em que o bandido vestido de carteiro teve a entrada ao edifício franqueada, outros três indivíduos, um deles armado com faca surgiram.

Para ter acesso aos apartamentos os ladrões usaram o porteiro como isca. Na primeira investida, no sexto andar, ele foi colocado na frente do “olho mágico”. A adolescente de 17 anos que cuidava da idosa identificou o funcionários do prédio e abriu a porta. Ela, a idosa e o porteiro foram rendidos pelos bandidos, amarrados e trancados em um cômodo. Os ladrões foram direto no cofre que foi arrombado com um pé-de-cabra.

A ação criminosa teve prosseguimento no outro apartamento da mesma família, no quarto andar, onde mora a filha da idosa que não estava em casa. No local estavam duas auxiliares de serviços gerais, de 15 e 21 anos de idade. Elas também foram rendidas, amarradas, amordaçadas e trancadas em um dos quartos, junto com a idosa que foi colocada na cama. Os ladrões arrancaram o cofre que estava escondido, mas não conseguiram arrombá-lo. O seguro foi abandonado no corredor do apartamento.

A ação teria durado pouco mais de uma hora, tempo em que as vítimas que estavam no apartamento do quarto andar conseguiram se livrar das amarras e ligaram para a empresária. Uma guarnição da Brigada Militar (BM) foi acionada, fez buscas, mas não localizou os suspeitos.

De acordo com as imagens das câmeras de monitoramento, as quais A Razão teve acesso, os bandidos teriam fugido a pé. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Furtos, Roubos, entorpecentes e Capturas (Defrec), aos cuidados do delegado Sandro Meinerz. Ninguém ficou ferido.”

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