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ECONOMIA SOLIDÁRIA. Organização do consumidor, a nova prioridade do Projeto Esperança/Cooesperança

Necessidade de valorizar produtos orgânicos, uma das discussões feitas no último sábado
Necessidade de valorizar produtos orgânicos, uma das discussões feitas no último sábado

Por MAIQUEL ROSAURO, da assessoria de imprensa dos eventos da Economia Solidária

Economia solidária, alimentos saudáveis, agroecologia, segurança alimentar, consumo consciente e organização do consumidor foram os eixos debatidos na Conferência Regional dos Direitos Humanos, realizada sábado (27), em Santa Maria. O encontro ocorreu no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter e reuniu autoridades, agricultores, técnicos e jovens produtores.

– A organização do consumidor é um eixo que pretendemos priorizar, a fim de que o público entenda a importância de consumir produtos provenientes da agricultura familiar. Estamos organizando uma associação de consumidores – explica a coordenadora do Projeto Esperança / Cooesperança, irmã Lourdes Dill.

Conforme o zootecnista e servidor técnico-administrativo da UFSM, Juarez Felisberto, os produtores estão cada vez mais encurralados pelos agrotóxicos. Logo, é preciso valorizar os produtos orgânicos e conscientizar a população sobre os benefícios dos alimentos saudáveis.

– Precisamos formar consumidores e aqui no Centro de Referência em Economia Solidária é o ponto ideal para criarmos uma organização com este intuito – projeta Felisberto.

Quem aprovou a iniciativa foi o produtor rural Alberi Scotta, que integra a Associação Comunitária de Linha Salete (Acolisa), do município de Ibarama. Segundo ele, os produtores estão largando a cultura do fumo para plantar mandioca.

– Já temos um contêiner para estocar 20 mil quilos de mandioca. A comercialização já está praticamente garantida para os mercados, e talvez o nosso produto chegue até Santa Maria – cogita.

Conforme Scotta, não há futuro nas lavouras de fumo. Além de ser uma cultura que prejudica a saúde dos pequenos produtores, o fumo é apontado como um dos principais responsáveis pelo êxodo rural.

– Os jovens não querem plantar fumo, é uma cultura muito desgastante e com retorno financeiro cada vez menor. Precisamos de novas alternativas de produção para que os jovens fiquem no campo – argumenta Scotta.

Conferência Estadual

O evento deste sábado em Santa Maria fez parte do processo de preparação da 5ª Conferência Estadual de Direitos Humanos, que ocorre nos dias 11 e 12 de março, em Porto Alegre, e da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, de 27 a 29 abril, em Brasília.

A Conferência Regional dos Direitos Humanos foi organizada pelo Projeto Esperança/Cooesperança, da Arquidiocese de Santa Maria; Grupo de Agroecologia Terra Sul (GATs/UFSM); Cáritas Arquidiocesana de Santa Maria; e Comissão Pastoral da Terra de Santa Maria (CPT).

Mais informações com irmã Lourdes Dill, pelos fones (55) 3219-4599 ou (55) 9979-7087; e também com Isabel Cristina Lourenço da Silva, do Grupo GATS/UFSM, pelo fone (55) 8117-2523.

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