“Expresso Berlim-Bagdá” – por Carlos Costabeber
Depois que conheci a Turquia, passei a estudar cada vez mais a sua riquíssima história. E um livro que acabei de ler, “O Expresso Berlim-Bagdá” (Sean McMeekin), trata de um dos mais importantes fatos da 1ª Guerra Mundial: a tentativa dos alemães de destruir o Império Britânico, usando o poder do islamismo. E a estratégia germânica desse envolvimento do Império Otomano, passava pela construção da uma grande ferrovia de Berlim a Bagdá – o projeto de engenharia mais notável da época.
A razão era o domínio dos mares pela Inglaterra. E não restava à Alemanha outra alternativa de chegar até a Ásia, senão construindo uma ligação terrestre a partir da Europa Central. Com isso, seria possível transportar suas divisões de soldados e armas, por um caminho invulnerável à marinha britânica.
Mas com o iminência da guerra, a ferrovia se tornou parte de um projeto muito maior, que envolvia o estimulo de revoluções internas no Oriente Médio, a fim de enfraquecer a Tripla Entende (aliança militar entre o Inglaterra, França e Rússia no final do século 19). Uma estratégia que envolveu o envio de espiões, muito dinheiro (para subornos), soldados e arqueólogos para todos os cantos da região.
Por isso, o Kaiser Guilherme II da Alemanha esteve perto de desarticular o domínio dos ingleses. Só que era um projeto muito ambicioso, com imensas limitações e desafios. Sendo que a própria estrada (parcialmente construída entre 1898 e 1918), tinha obstáculos gigantescos, como a falta de mão-de-obra, acordos com países por onde passaria a estrada, regiões montanhosas de difícil acesso, logística deficiente e tecnologias pouco desenvolvidas para a época. Um projeto que não se sustentaria.
Por fim, sempre desejei saber porque a Turquia se unira à Alemanha na 1ª Guerra, já que levou ao fim o Império Otomano (1299 a 1922). E um dos componentes foi a Rússia (arqui-inimiga dos turcos), que dependia do Bósforo (famoso estreito junto à Istambul), para ligar seus portos no Mar Negro ao resto do mundo. O fechamento desse acesso pela Turquia, ajudou a empurrar os otomanos para a guerra.
Para quem gosta de história, essa é uma leitura obrigatória (apesar de cansativo pelo excesso de detalhes),pois mostra o poderio e a ambição de um país rico e industrializado como a Alemanha, e sua suicida estratégia de se aliar com povos de uma cultura muito diferente da europeia: o Islã.
Boa leitura; boa semana!
Caros Senhores; Claudemir Pereira – Carlos Costabeber.
BOM DIA
Devo me apresentar; Sou acadêmico de História da Universidade Estadual de Minas Gerais UEMG
Analisando a Problemática relacionada ao Livro de Sean Macmeekin:
-As evidências indicam que o Império Alemão tinha interesse primário no Canal de Suez.
Motivo: O livro do Almirante Americano; Alfred Thayer Mahan: “The Influence of Sea Power up History (1890), Já havia sido distribuído nos Navios da Frota Imperial pelo Almirante Prussiano: Alfred von Tirpitz….. No Livro Mahan lança a Doutrina da Conquista dos Mares para o Domínio do Mundo.
– Considerando que só havia duas passagens obrigatórias para o Resto do Mundo; A outra seria o: ” ATLÂNTICO SUL” e aqui; Guilherme II, tinha um aliado: O MARECHAL HERMES DA FONSECA (Presidente do Brasil em 1910 e Ministro da Guerra: 1906-1909.
Considerações analíticas: Em 1916, o Serviço de Inteligência Britânico envia; Thomas Edward Laurence (Laurence da Arábia) para conter os Turcos.
E no Brasil; Senhores: Claudemir e C. Costabeber: Inglaterra e França: Tentam de tudo para retirar Hermes da Fonseca da Presidência; A Guerra já era eminente; Segundo Eric Hobsbawn
O episódio mais Notável foi: A Conhecida: “REVOLTA da CHIBATA” no qual: França e Reino Unido se une com as Oligarquias do Estado de São Paulo e inicia o Protesto no Encouraçado São Paulo.
Mas algo inesperado aconteceu: UM MARINHEIRO RIO GRANDENSE DE RIO PARDO; LOTADO NO ENCOURAÇADO MINAS GERAIS: “CORTOU A CABEÇA DA HIDRA”
JOÃO CÂNDIDO FELISBERTO (O Almirante NEGRO) Deixou em “Prantos”: INGLATERRA, FRANÇA e toda Elite Política dominante Brasileira (Literalmente Conspiradora) Pedindo Clemência e na Mira dos Canhões.
Atenciosamente: José Carlos Pales