Mídia. Pelo menos já se sabe o que a Pampa não fará com a vinda da Record

Escrevi ontem, comentando a visita do presidente do Grupo RBS ao comandante do Grupo Pampa, que o mercado gaúcho de comunicação sai do marasmo e da pasmaceira em que se meteu nas últimas décadas para uma ebulição quase sem precedentes. Tudo por conta da chegada de um, como gostam de dizer alguns, “player” poderoso e com cacife financeiro.

Afinal, o que poderia motivar uma visita de duas horas de Nelson Sirotsky a Otávio Gadret (o que há anos não ocorria) senão a vinda da Rede Record para disputar leitores, expectadores e anunciantes, depois da aquisição das rádios Guaíba AM e FM e do jornal Correio do Povo? Só uma razão é perceptível: a obvia preocupação com a possibilidade de, eventualmente, ter um naco de mercado perdido. Ou um pedaço maior que o eventualmente planejado ou aguardado.

No entanto, veja só como é monopolizada a comunicação brasileira. Há quem entenda, como a articulista Carla Montuori (veja as sugestões de leitura, no final deste texto), do site especializado Observatório da Imprensa, que a Rede Record, por mais dinheiro que tenha (e tem) ainda não chega a ser uma ameaça real ao quase monopólio da Rede Globo (que tem a RBS como aliada histórica no Sul). E muito falta, ainda, para que isso ocorra  e não se trata aqui apenas e tão somente de troco, que este a Record parece ter de sobra.

E como os empresários gaúchos de comunicação vão reagir a tudo isso que, sempre é bom destacar, é ótimo para o consumidor? Não se sabe bem. Aliás, não vazou nada significativo da conversa entre os dois capos da mídia grandona gaúcha. Mas, ao menos, algo foi possível descobrir: a Pampa (Porto Alegre) não pretende lotear o canal, como era pratica da TV Guaíba. E vai procurar um parceiro nacional para a sua programação. Quem? O mais cotado, como já escrevi aqui, é a TVJB, de Nelson Tanure. Mas, de verdade, verdade verdadeira, ninguém sabe. Talvez nem a própria direção da Pampa.

SUGESTÕES DE LEITURA – confira  aqui o artigo “Record x Globo, Uma ameaça ainda longínqua”, assinado por Carla Montuori, publicada pelo site especializado Observatório da Imprensa.

Vale a pena ler, aqui, a nota “TV Pampa procura programação alternativa”, publicada no site especializado Coletiva.Net.