CRISE POLÍTICA. Oposição critica “licenciado” Jucá e diz que vai entrar ações com o agora de novo senador
Por KARINE MELO e CAROLINA CONÇALVES (texto), da Agência Brasil, com foto de Reprodução
Partidos contrários ao impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff reagiram nesta segunda-feira (23) ao conteúdo de gravações de conversas entre um dos principais articuladores do processo contra a petista, o ministro do Planejamento Romeró Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Divulgadas hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, as conversas mostram o senador Jucá sugerindo que uma “mudança” de governo poderia resultar em um pacto com o Supremo Tribunal Federal para frear investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Na Câmara, o PSOL adiantou que elabora um pedido de prisão de Jucá sob o argumento de que o ministro tentou obstruir a Justiça. Segundo o presidente nacional da legenda, o sociólogo Luiz Araújo, e o líder do PSOL na Casa, Ivan Valente (SP), o documento será entregue diretamente à Procuradoria-Geral da República (PGR) …
Outro partido que está mobilizado é o PT. A sigla quer ter acesso a outras gravações e documentos relacionados ao mesmo assunto. O objetivo do partido de Dilma Rousseff é tentar usar estas informações para tentar anular o processo de afastamento da petista. Paulo Pimenta (RS), vice-líder do PT na Câmara, disse que a gravação comprova que o “processo de impeachment foi motivado por uma articulação criminosa com forte presença na Câmara e no Senado”.
Apesar de admitir “absoluta perplexidade” com a gravação, Paulo Pimenta afirmou que não há surpresa no envolvimento de uma “organização criminosa” dentro do Parlamento que barganhava votos pelo impeachment em troca de proteção a deputados e senadores que fariam parte de um esquema de negociações de Medidas Provisórias, emendas e outras matérias na Casa, que “perceberam o risco de perder o poder”.
“Isto foi utilizado como moeda de troca para obtenção de votos”, disse Pimenta, defendendo que a revelação comprova que havia uma tese de que a mudança de governo pudesse alterar o foco das investigações da Lava Jato.
Pimenta antecipou que setores do PT já estão consultando a área jurídica para tentar acessar outras gravações e informações relacionadas ao mesmo teor da conversa entre Jucá e Machado. Para o deputado, os documentos que eram conhecidos desde março, se fossem divulgados à época, poderiam influência no resultado da votação na Câmara e no Senado que acabaram afastando Dilma do comando do Executivo, por 180 dias…”
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O PSDB não é o PSDB.
O Aécio não é o Aécio.
O Serra não é o Serra.
O Aloysio não é o Aloysio
O Jucá não é o Jucá
O PMDB não é o PMDB.
Só o Temer ė o Temer;
Alguém precisa avisar, o brando, para não confundir os fatos com hologramas.
Alguém tem que avisar o Pimenta que a conversa do Jucá era com um ex-diretor da Petrobrás, não com outro político. Também é bom lembrar, antes que falem do Aécio Furnas, digo, Neves, que a pessoa que citou o nome do referido foi o mesmo que fez a gravação, logo não é possível utilizar como prova para qualquer fim possível.
Para o PT a operação Lava a Jato poderia ser chamada Operação Vale a Pena Ver de Novo. Dirceu nas cabeças de novo.