ELEIÇÕES. Então, os pequenos partidos dão seu grito de independência. Mas há uma razão bem pragmática
Houve quem se surpreendesse com a confirmação (que este editor INFORMOU há 45 dias, modéstia às favas) da dobradinha Jaderson Maretoli (mais conhecido como Pastor Jader), do Solidariedade, e Adão Lemos, do PSC. E há quem, agora, afirme se tratar apenas de uma chapa conservadora – e é, mesmo, por sua pauta evangélica e de direita, por conta de seus líderes nacionais Paulinho da Força, Jair Bolsonaro e Marcos Feliciano.
Tudo isso é verdade. São partidos pequenos, ainda que o PRB não seja tanto assim, e que pareciam condenados a ser apenas satélites das maiores siglas, muito melhor aquinhoadas com tempo de rádio e televisão e com a devida correspondência em votos, na boca do monte.
Mas há, é possível afirmar, conversando com um e outro, uma razão bem mais objetiva a ter levado a união do Solidariedade (SDD) e do PSC, com a adesão decisiva do PRB e da dupla dos minúsculos PTN e PTC. Qual? O pragmatismo eleitoral.
Afinal de contas, se tudo continuasse como era até a eleição passada, esse grupo se uniria, isoladamente, a um ou outro partido de ponta, ganhando uma ou duas vagas de candidato a vereador e ficaria à própria sorte, só entrando com o bônus, justamente o tempo de rádio e televisão e, eventualmente, os púlpitos para o proselitismo de outrem.
Agora, não. E a demonstração de força – cerca de 400 militantes do quinteto, reunido no Clube dos Petroleiros, na zona oeste, na noite de segunda-feira – deu a entender que há uma mudança de discurso. E de ação.
Os púlpitos e as ruas serão deles, e só deles. Assim como o tempo de trololó eletrônico vai garantir espaço suficiente para levar sua mensagem. Ganhar a eleição majoritária? É bastante improvável. Mas, com certeza, se o grupo for mantido unido, terá muito melhores condições políticas para negociar, num eventual segundo turno.
E, sobretudo, ganham a chance real de ter bancada na Câmara. Uma ou até, quem sabe, duas vagas. O que não é pouco. Para isso, todos juntos apresentarão 28 candidatos. Quem duvida da possibilidade de alcançar o quociente eleitoral e, talvez na sobra, conquistar duas cadeiras legislativas? Este analista, ao menos, considera possível. Muito possível. Bastante provável, até. Aguardemos!
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