ELEIÇÕES. Ainda falta saber o destino de três siglas médias (mas importantes), nas alianças para outubro

O PTB tem mais de 2,2 mil filiados e conta com bancada de dois vereadores. O DEM festeja os mais de 1,5 mil alistados e vereador (eram dois, mas um bandeou-se para o PSDB). E o PSD, embora mais “magrinho”, com 600 e poucos filiados, tem (só) uma liderança sabidamente boa de voto – afinal, Marion Mortari foi eleito edil e acabou retirado pela Justiça Eleitoral. Mas, que se diga, está liberado para concorrer outra vez.

Esse trio de siglas importantes tem pouco tempo para decidir seu futuro. Por sua importância no xadrez eleitoral santa-mariense, é assediado fortemente pelas candidaturas majoritárias já postas. Garante boa militância, tempo de rádio e televisão e, sim, presença real no mundo político de Santa Maria. Detalhe: as três agremiações participam, hoje, do consórcio governista. Mas, o PP que o diga, isso não necessariamente significará alinhamento automático.

A seguir, a partir de papo com várias fontes, inclusive de outros partidos, o editor traça o cenário em que se encontram essas forças significativas para o pleito de outubro.

1 – O PETEBISMO, segundo tudo indica, está alinhado ao chapão governista, com a dobradinha PSB (Fabiano Pereira)/PMDB (Magali da Rocha). Mas, segundo as últimas informações, surgidas no próprio partido, uma definição acontecerá provavelmente nesta semana. O objetivo principal do PTB é manter a atual presença no parlamento. Ali, conta com dois edis: Deili Granvile e Ovídio Mayer. Para aderir ao grupo que defenderá o governo Schirmer/Farret, a condição básica é uma aliança proporcional consistente.

2 – O DEMISMO, tudo indicava, sairia da base de apoio do governo para embarcar numa aliança pragmática com o PPL, apoiando Werner Rempel na sua cruzada pela Prefeitura. Aparentemente, aconteceu no DEM o mesmo que fez o PP dar uma guinada. Isto é, internamente, poucos acompanhavam a ideia do vereador Manoel Badke (defensor da coligação demopepelista) e se insurgiram. O próprio Badke teria sido convencido e, agora, o mais provável é mesmo apoiar o chapão de centro-direita, com a dobradinha Jorge Pozzobom (PSDB)/Sergio Cechin (PP), muito mais de acordo com o ideário do Democratas. A qualquer momento, diz-se, o martelo será batido.

3 – O PESSEDISMO, em Santa Maria, só tem um nome provadamente bom de voto: o ex-vereador Marion Mortari. Que é candidato outra vez a vaga no Legislativo. Mas tem, em contrapartida, bom tempo de rádio e televisão e, sobretudo, a garantia de apoio do Palácio Piratini. Lá, afinal, está o maior nome da sigla no Estado, o vice-governador José Cairoli. É basicamente por isso, e pelas posições ocupadas aqui e na região, que se aposta no apoio do PSD à chapa do governo, PSB/PMDB. Mas ninguém ousa afirmar isso 100 por cento. Mortari é assediado por PSDB, PDT e até o PT, que gostariam de tê-lo ao lado. Palpite: será a última sigla do trio a definir seu futuro. Hoje, seria o chapão governista. Hoje.