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SOLIDARIEDADE. Jornalistas fazem ato de protesto em apoio a colega preso quarta, pela Brigada Militar

Participantes do ato exibem carteirinha da Federação Nacional dos Jornalistas, em frente ao Palácio Piratini, na tarde desta sexta
Participantes do ato exibem carteirinha da Federação Nacional dos Jornalistas, em frente ao Palácio Piratini, na tarde desta sexta

Por LUIS EDUARDO GOMES (texto e foto), no jornal eletrônico SUL21

Acostumados a cobrir manifestações diárias pelas ruas da cidade, muitas vezes na frente do Palácio Piratini, dezenas de jornalistas se viram do outro lado das lentes ao se reunirem no local nesta sexta-feira (17) para participar de um ato em apoio ao repórter Matheus Chaparini, do Jornal Já, que foi preso pela Brigada Militar enquanto trabalhava na cobertura da ocupação da Secretaria da Fazenda por estudantes. Chaparini, que foi acusado pela polícia de participar da manifestação na quarta, permaneceu 14 horas preso, tendo inclusive sido levado ao Presídio Central e indiciado por quatro crimes.

A prisão de Chaparini teve grande repercussão entre jornalistas. Um abaixo-assinado via Facebook teve centenas de compartilhamentos e mobilizou profissionais da maioria dos veículos de imprensa da Capital e interior do Estado.

“Quando começamos a perceber que era uma coisa bem massiva, de vários jornalistas, resolvi criar o evento justamente para sair da rede, materializar o movimento”, diz Naira Hofmeister, que organizou e fez a divulgação do evento via redes sociais.

Em sua avaliação, todo jornalista gostaria de ter tomado a mesma atitude de entrar no prédio da Fazenda durante a ocupação. “Basicamente, o que todo mundo que está ou que gostaria de estar aqui pensa é: ‘Se fosse eu, eu teria feito a mesma coisa’. Eu também teria entrado, teria feito questionamentos à Polícia Militar”, diz Naira. “A importância desse ato é mostrar como o fato de o jornalista estar dentro da cena gera espaço para perguntas”.

Ela ainda pondera que a entrada de Matheus no prédio foi o que permitiu a gravação de cenas de policiais militares jogando spray de pimenta no rosto de estudantes e que isto fosse questionado pelo próprio Chaparini no local.

Durante o ato, os jornalistas distribuíram, simbolicamente, canetas em frente ao Palácio Piratini e cantaram palavras de ordem como: “Informar não é crime, anistia ao Chaparini”, “sem jornalista, não tem informação” e “Chapa, guerreiro, jornalista brasileiro”.

“Fizemos esse ato para mostrar repúdio às ações que têm acontecido aqui no governo do Estado e quarta-feira foi o ápice, com a prisão de um profissional em pleno exercício da profissão”, afirma Milton Simas, presidente do Sindicato dos Jornalistas (Sindjor-RS).

Simas afirmou que o sindicato colocou sua assessoria jurídica da editora Já e do jornalista Matheus Chaparini e que acompanhou uma comitiva de deputados estaduais que se reuniu, na quinta, com o Procurador-Geral de Justiça, Marcelo Dornelles, para tratar da ação da Brigada Militar na desocupação da Sefaz. Segundo ele, foi pedida a apuração “firme e rigorosa” dos fatos e a garantia de que casos como este voltem a ocorrer. “A gente não vai aceitar que colegas nossos tenham o exercício da profissão cerceado”, diz.

Na quinta-feira, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) emitiu nota defendendo a atuação da Brigada Militar na prisão de Chaparini, com a justificativa de que ele participou da manifestação de estudantes. Em entrevista aoSul21, o próprio Chaparini e o diretor do , Elmar Bones, ambos presentes no ato, já tinham repudiado a nota. Nesta sexta, porém, o jornal publicou uma resposta oficial aos argumentos da SSP.

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