Primeira baixa. Após supergoleada, com apoio do PP, Westphalen deixa secretaria e volta à AL

Já na quarta-feira passada, logo após a votação do Plano de Recuperação do Estado, proposta da governadora Yeda Crusius derrubada pela Assembléia Legislativa, o secretário de Ciência e Tecnologia, Pedro Westphalen, manifestou o desejo de se mandar do governo.

Foi-lhe pedida cautela. Aliás, solicitação feita a todos os progressistas que desejavam sair do primeiro escalão. Eles entraram em rota de colisão com os deputados. Oito dos integrantes do PP, inclusive a suplente Leila Fetter, ajudaram a oposição a impor a supergoleada de 34 x 0 contra os projetos do Palácio Piratini.

Passados seis dias, a decisão definitiva. Westphalen sai mesmo da Ciência e Tecnologia. E ainda hoje deve reassumir o mandato. Leila volta à planície, em Pelotas. É a primeira baixa, depois do evento da semana passada.

A verdade é que, como escrevi ontem, o Partido Progressista vive um grande conflito, para usar uma palavra amena. Há desde conflito de gerações até divergências pontuais. E aí a coisa não anda. Como se dará a concórdia ainda é impossível prever. No entanto, há quase a certeza de que a saída do parlamentar que ocupava vaga no secretariado foi apenas a primeira. A conferir.

ALIÁS, nunca é demais lembrar que, apesar de não afirmar publicamente, Pedro Westphalen nunca se sentiu exatamente confortável como secretário de Ciência e Tecnologia. Preferia, ele que é médico, a pasta da Saúde (destinada ao peemedebista Osmar Terra), e que contava com o referendo, inclusive, do Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Estado.

SUGESTÕES DE LEITURA – Sobre a relação conturbada entre o PP com o Governo do Estado e também dos Progressistas consigo mesmos, publiquei duas notas na manhã de ontem. Sugiro a releitura de ambas: “Forrobodó. Operação Rodin e rejeição ao pacote de Yeda levam PP gaúcho ao inferno astral” (aqui) e  “Forrobodó (2). O vai-e-vem e o sai-não-sai do governo. O PP perde o rumo. E espera por Yeda” (aqui)