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CAMPANHA. No último debate, desfalcado de três, os candidatos tentam firmar posição diante do eleitorado

Com cinco participantes, alfinetadas houve, no debate. Mas tudo dentro da civilidade. Dificilmente alguém ganhou (ou perdeu) voto
Com cinco participantes, alfinetadas houve. Mas tudo dentro da civilidade. Dificilmente alguém ganhou (ou perdeu) voto (foto Reprodução)

Como era possível imaginar, não seria o último debate, promovido pela RBS-TV, e encerrado há instantes, uma chance de ver a coisa “pegando fogo”. Houve, claro, algumas alfinetadas, e até umas e outras bem doídas (em quem recebeu).  E todos os principais concorrentes experimentaram essas dores. Mas, no geral…

Fabiano Pereira (PSB), o candidato governista, logo no primeiro bloco, para exemplificar, lembrou dos desempregados e da ausência de interlocução com o governo federal. Esqueceu que até ano passado ele era do governo federal e assumiu a condição de prefeito com aliados em Brasília e em Porto Alegre, o que facilitaria a vinda de recursos. Normal. É assim que se supunha ele pudesse agir.

Seu alvo principal, Valdeci Oliveira (PT). Que, por sua vez, buscou mostrar o que fez quando foi prefeito e o que “não foi feito” nos oito anos seguintes. E Jorge Pozzobom (PSDB), que lembrou a proximidade com o ministro dos Transportes, Bruno Araújo, também procurou deixar claro sua ligação capaz de trazer troco para ajudar a resolver os problemas da cidade.

Enfim, os três chamados protagonistas foram contidos e firmes. Com ataques fortes, por vezes, mas buscando, na medida do possível, firmar a sua própria posição diante do eleitorado.

Quanto aos outros dois participantes do encontro da RBS-TV, Jader Maretoli (Solidariedade), e talvez a grande revelação do confronto, e Marcelo Bisogno (PDT) tentaram, de todo modo, buscar um caminho capaz de oferecer notoriedade. Pelo formato do debate, também tiveram boas chances de mostrar a que vieram. Mas, que se diga: quando houve chance, aproveitaram.

Agora, é o seguinte: o julgamento do eleitorado virá mesmo é no domingo. É pouco crível que alguém tenha tomado decisão a partir do debate encerrado há pouco. Então, quem tem café no bule, tem. Quem não tem…

EM TEMPO: Enquanto acontecia o confronto da RBS-TV, dois dos três excluídos pela emissora, o pepelista Werner Rempel e o psolista Alcir Martins, promoviam um debate ALTERNATIVO, na página do PSOL no Feicebuqui. Eles, antes, haviam protestado em frente à emissora, como você leu AQUI.

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7 Comentários

  1. Perguntar sobre o debate não significa que não se conheça as propostas. Cansamos todos de ouvir as (mesmas) propostas nas rádios e televisões por semanas sem fim.

    Perguntar do debate é apenas uma curiosidade de saber, de quem teve coragem de assisti-lo, sobre quem dos candidatos pode ter se saído melhor em termos de postura, quem foi mais cobrado, quem gaguejou, quem enrolou, quem “viajou”, quem mais iludiu. Detalhes. Só isso.

    É exatamente por sabermos da baixa capacidade dos atuais candidatos, que assistir ou não o debate não faria diferença alguma. Temos certeza que nada vai mudar de forma importante. Qualquer um que for eleito vai fazer quase nada de diferença para melhor. E por isso também a falta de interesse pelo debate, que é consequência de sabermos o que nos espera.

  2. Zapeando passei pelo tal debate. Primeira observação é que não era exatamente o padrão RBS/Globo de produção.
    Segundo aspecto é que faltou a verificação das afirmações dos candidatos, verificação dos fatos. Noutras cidades ocorreu, de forma sucinta, mas aconteceu.
    Terceiro é que para acompanhar as mentiras apareceram números e estatísticas duvidosos. Um dos candidatos falou em perda de investimentos de 110 milhões caso a Corsan deixe a cidade. Falou também em indenização de 350 milhões. Estes são os números da Corsan, logo o candidato tem mais compromisso com a empresa do que com a aldeia.
    Os investimentos são todos financiamentos via CEF. Poderiam ser transferidos ao município ou abandonados. A empresa lucra (segundo divulgado pela imprensa) 50 milhões por ano na cidade. Caso fosse parar no judiciário o assunto, a ação não duraria menos de 5 anos. Separando 10 milhões para financiar a municipalização (não custa tudo isto), sobrariam 40 por ano, ou seja, 200 milhões. Sem ter que pagar juros do financiamento.
    Indenização? Não é aquele número, existe a depreciação, valor é bem menor. Mesmo que fosse verdade, depois da ação (supondo que durasse 5 anos) o total poderia ser pago em 7 anos. Cidade teria o resto da eternidade para investir os 50 milhões.
    Não é o que se desenha. Pode ser que na próxima renovação de contrato, daqui a uns 30 anos apareça um candidato ou candidata que tenha “cojones”.

  3. Conversando hoje pela manhã com os amigos e vizinhos, pude perceber o quanto nossa cidade é desprovida de pessoas que querem conhecer os candidatos e suas propostas, mesmo que utópicas. A cada um que chegava, a pergunta que faziam era: “Como foi o debate?” Sinal de que nada muda neste nosso Brasil . A falta de informação do povo, reflete nas urnas os próximos 4 anos.

  4. “Ganhar o debate” não significa nada, no fim das contas, pois com esses candidatos não ganharemos nada. Infelizmente são o mais do mesmo, medianos, comuns, previsíveis. O Schirmer ficou oito anos e a cidade com ele ou sem ele dava na mesma, e o mesmo acontecerá com qualquer um desses que for eleito. Só não pode ganhar um “nanico”, aí sim a coisa vai para o brejo.

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