CIDADE. Preso homem, sem identidade divulgada, investigado pelo desaparecimento de Ana Lúcia
Por JOSÉ MAURO BATISTA (colaboração de RAUL PUJOL e foto de Reprodução), no jornal A Razão
A Delegacia de Homicídios de Desaparecidos (DHD) de Santa Maria prendeu no início da noite de hoje um suspeito do desaparecimento da diarista Ana Lúcia Drusião, 35 anos, que sumiu no dia 31 de maio, em Dilermando de Aguiar. O delegado Gabriel Zanella, responsável pelo caso, confirmou a prisão temporária, mas não informou o nome do suspeito pelo fato de o inquérito estar em “segredo de Justiça”.
A prisão ocorreu exatamente 98 dias depois do desaparecimento da diarista. Ou seja, três meses uma semana e um dia desde que Ana Lúcia sumiu de casa. O carro foi encontrado abandonado em uma estrada na localidade de Picada do Gama, a cerca de 300 metros do Balneário Três Coqueiros, onde Ana Lúcia morava. O veículo foi encontrado pelo marido dela, Antonio Adelar Rigon Stello, 50 anos.
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil realizaram várias buscas para tentar localizar o corpo da diarista. Foram pelo menos oito dias de buscas com mergulhadores, cães farejadores e o auxílio de militares de Porto Alegre, mas nada foi encontrado. A partir do desaparecimento, a Delegacia de Homicídios passou a trabalhar com a hipótese de que Ana Lúcia foi assassinada. O próprio marido chegou a ser ouvido pela DHD, uma vez que surgiram informações de que o casal passava por uma fase ruim no casamento.
No entanto, o delegado Zanella diz que não pode adiantar “mais nada” sobre o caso porque está sob segredo de Justiça e para não atrapalhar as investigações. “Pedimos a prisão temporária. Só isso”, disse o delegado. Ele não revela nem mesmo se a pessoa presa tem algum parentesco com a vítima ou se era conhecida dela.
FAMÍLIA DESCONHECE
A Razão entrou em contato com Beatriz, 19 anos, filha de Ana Lúcia, mas ela disse não saber se alguém foi preso. Além dela, Ana Lúcia é mãe de uma menina de 10 anos. Desde o sumiço da mãe, as duas filhas se mudaram para Santa Maria. Em 14 de junho deste ano, Beatriz deu entrevista ao Jornal A Razão e contou sobre a angústia pelo desaparecimento de Ana Lúcia. “Estamos muito preocupadas e aflitas”, disse Beatriz, que viu a mãe pela última vez na manhã de 30 de maio, uma segunda-feira. Beatriz completou dizendo que “por vontade própria” sua mãe “não sumiu”.
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