KISS, 44 MESES. Jamais será tarde para exigir o que deveria ser algo muito natural. Justiça, simplesmente
Um punhado de atividades marca, nesta terça-feira, o 44º mês decorrido desde a tragédia da Boate Kiss, que matou 242 meninos e meninas (os nomes de todos eles estão na imagem acima, como o site publica, regularmente, a cada mês), em 27 de janeiro de 2013. Entre os atos previstos (todos eles estão AQUI, em nota publicada na tarde passada), está o tradicional minuto do barulho, às 6 da tarde.
Essa manifestação é uma homenagem às vítimas que saíram de casa para diverter-se e não voltaram. E, passado todo esse tempo, seus familiares continuam a lutar por Justiça.
Até o momento, como relatou Luiz Roese, no material desta segunda, “apenas quatro pessoas (dois sócios da boate e dois músicos) aguardam julgamento criminal pelos fatos. Quatro bombeiros foram julgados e condenados, três pela Justiça Militar e um pela Justiça comum. Nenhum outro agente público foi julgado. Isso apesar de que diversos entes públicos tinham conhecimento de que a boate funcionava em desconformidade com a legislação vigente à época dos fatos e autorizaram seu funcionamento ou nada fizeram para prevenir a tragédia.”
A busca por Justiça é algo que une a todos. E este site, desde o primeiro instante, é solidário. Ponto.
Renda mensal vitalícia para os que escaparam? Calma aí. Se os que escaparam não ficaram numa cama, incapazes para tudo, precisam tocar a vida, como qualquer um de nós, toca. Muitos de nós, na sociedade, têm sérias limitações físicas (de nascença ou não) e continuam estudando e/ou trabalhando. Veja as Paralimpíadas. Por que essa marmelada na aldeia?
A busca por justiça deve continuar. Á estas alturas, o mínimo que poderia ser feito é uma justa indenização aos sobreviventes e suas famílias, bem como a providencia de uma renda mensal vitalícia a cada pessoa que escapou desta armadilha mortífera engendrada por mentes avarentas e gananciosas. Tem gente precisando de medicações que são de difícil acesso, entre outras coisas. Existem vários pontos obscuros no processo, entre os quais a própria titularidade da empresa proprietária do imóvel (este “detalhe”talvez explique muita coisa). Nesta busca por justiça, creio que deve-se recorrer á uma instancia maior ou até internacional. Até quem não é do meio jurídico, o cidadão comum, fica indiguinado com o desenrolar do processo. Lamentável. É por estas e por outras que ás vezes tenho a impressão que o tempo parou naquela manhã de domingo e que mesmo estando á 300 km de distancia, eu estava lá.