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AMBIENTE. Projeto da UFSM, com gestão da Fatec, busca restabelecer áreas desmatadas, e não só aqui

Viveiro florestal no campus da Universidade, em Camobi, produz palmeiras e arbustos, no projeto coordenado pela professora Maristela

Por BRUNO STEIANS (texto e foto), da Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM

O projeto “Estudo de tecnologias adequadas para produção de sementes e mudas florestais utilizadas na formação de povoamentos e recuperação de áreas – fase II” é coordenado pela professora doutora em Silvicultura Maristela Araujo. Nele, são desenvolvidos estudos com foco em arbóreas, principalmente nativas e espécies exóticas. A equipe é composta por alunos da graduação (iniciação científica), pós-graduandos e técnico-administrativos.

Pesquisas que descobrem o meio ambiente

Antes de ir para a fase atual, o projeto tratou sobre o estudo de algumas espécies de árvores em sua primeira fase. Algumas delas foram: canjerana, louro-pardo, ipê-roxo, timbaúva, entre outras. Houve o acompanhamento em relação às sementes, a produção de mudas e o crescimento delas no campo. Na segunda fase, o grupo dá sequência com o estudo de outras espécies. As arbóreas nativas, árvores de ocorrência natural na região, são o foco desta fase. O grupo da professora Maristela trabalha com as espécies presentes no Rio Grande do Sul. Contudo, elas podem ser encontradas em outras partes do Brasil ou em países vizinhos.

Elas possuem grande relevância no cenário ecológico porque suprem diversas demandas, as quais às vezes nem são percebidas, pois o uso delas é indireto. Podem disponibilizar madeira e alimento para o homem; para a fauna polinizadora – transportadora dos grãos de pólen de uma flor para outra para que ocorra a reprodução –, além de proporcionar estabilidade ao solo e sombra. Possuem potencial madeireiro, que se refere à retirada de madeira, como canjerana, louro-pardo e ipê-roxo. Outras, como timbaúva e pimenteira, crescem mais rapidamente, servindo para a fase inicial de restabelecimento de áreas alteradas. Arbóreas nativas possuem valor ambiental imenso, pois suprem alimento e abrigo à fauna com a distribuição natural de recursos ao longo dos anos.

Além disso, o sistema radicular – que é indispensável para a obtenção de água e nutrientes do solo – mais amplo permite maior infiltração da água das chuvas e estabilidade ao solo. Há também potencial ornamental, já que essas espécies podem ser utilizadas na arborização de cidades, parques, jardins e praças, pois têm como essência a beleza dos troncos, copas de árvores, flores e frutos das espécies. Desse modo, existe a modificação do cenário urbano. “Precisamos incrementar o conhecimento sobre as nossas espécies, para que talvez possamos colocá-las no cenário produtivo. Por outro lado, enquanto não as estudamos, podemos estar perdendo parte dessa ‘riqueza’, considera a professora Maristela.

Contato com a comunidade

A produção de mudas e as pesquisas relacionadas ao âmbito silvicultural são feitas em viveiros florestais. No campus da UFSM de Santa Maria, palmeiras e arbustos são produzidos. O grupo da professora Maristela também estuda esses componentes da natureza. Além disso, recebe alunos de diversas escolas, muitas delas de outros municípios. A visita acontece no Laboratório de Silvicultura e no Viveiro Florestal. Nesses encontros, há a apresentação de palestras e atividades que envolvem a educação ambiental.

Conhecimento integrado

As cidades de Sobradinho, Boqueirão do Leão, Candelária, Nova Palma e São João do Polêsine também são participantes do projeto. Na região de Santa Cruz do Sul, a professora e sua equipe são respaldados pela Afubra, que os introduziu na região. Na Quarta Colônia, os trabalhos são uma continuidade ao projeto financiado pela Caixa Econômica Federal até2015. A partir disso, o grupo manteve-se no monitoramento de alguns plantios, com apoio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, programas Fiex, Pibic e Probic e do próprio Centro de Ciências Rurais (CCR) e Departamento de Ciências Florestais. Nos estudos, há o envolvimento de alunos de pós-graduação, os quais participam do processo administrativo do setor, pesquisas, co-orientação de alunos de graduação, coordenação das visitas ao setor, além de alunos de graduação, funcionários do setor e professores de outros departamentos.

“Atingimos um maior conhecimento sobre algumas espécies florestais nativas do bioma Mata Atlântica, onde estamos inseridos. Possibilitamos treinamento para acadêmicos de pós-graduação e graduação, além de melhorarmos a qualidade das nossas pesquisas por meio da aquisição de equipamentos e consolidação de parcerias”, avalia Maristela. As mudas das espécies estudadas pela equipe da professora são produzidas na Universidade. Alguns experimentos preliminares (plantios) são realizados na área adjacente ao viveiro. Porém, a área é pequena e impede uma amostragem adequada. A Pró-Reitoria de Infraestrutura já buscou mudas com a equipe para recuperação de áreas e arborização do campus. Foi realizado um plantio em parceria, mas a área constantemente era invadida por animais que consumiam as plantas. A partir disso, deu-se início aos plantios em parceria com pequenos produtores, o que traz resultados positivos ao grupo da professora.

O projeto “Estudo de tecnologias adequadas para produção de sementes e mudas florestais utilizadas na formação de povoamentos e recuperação de áreas – fase II” também possui o apoio da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec), que o administra.

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