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GESTÃO. Carlos Costabeber e as prefeituras digitais

“…A maior revolução nos serviços públicos em todos os tempos. Tudo estará disponível pelo celular dos contribuintes, ininterruptamente, durante 24 horas, sete dias da semana. E sem qualquer custo!

Claro que é uma visão de médio e longo prazos, mas não haverá alternativa ao setor público, caso não avance para o mundo digital. Todos sairão ganhando, pois a gigantesca economia de recursos com a máquina pública será transferida com ganhos enormes, para a população. Uma inédita relação ganha-ganha! E o gestor que sair na frente irá alcançar mais rapidamente os resultados dela decorrentes. Mas uma coisa é obrigatória: tem de ser uma decisão do No. 1, do prefeito, no caso; uma decisão de Governo…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Cidades digitais”, de Carlos Costabeber – graduado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM (instituição da qual é professor aposentado), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com especialização em Qualidade Total no Japão e Estados Unidos. Presidiu a Cacism, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Brasileira de Distribuidores Ford. É diretor da Superauto e do Consórcio Conesul.

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4 Comentários

  1. 1/3 foi especulação simbólica em função do grande número de estudantes, do perfil classe média de boa parte da cidade, do funcionalismo público, e por saber por vendedores das lojas locais que até filhos de mulheres auxiliares de serviços gerais, arrimos de família, mesmo ganhando pouco salário, compram smartphones para seus filhos a perder de vista.

    Sinceramente gostaria de saber a real proporção dos que estão fora do mundo digital, mas Santa Maria não é São Sepé nem Bagé, dá bem para especular que proporcionalmente, pelas condições citadas acima, que é uma cidade privilegiada para atender a muito mais cidadãos de forma digital do que a grande maioria das cidades desse Estado. E todos têm a ganhar. Aliás, o digital diminui naturalmente custos operacionais e aumenta a eficiência, e isso repercute nas contas. Isso em qualquer lugar do mundo. Se aqui fosse diferente, o projeto teria sido mal feito e tem de demitir todos.

    Aliás, a própria prefeitura poderia fazer um levantamento bem preciso de um “experimento cobaia” com a impressão da guia do IPTU apenas pela internet ou em visita à própria Prefeitura.

    Aí está o problema da estabilidade no serviço público. Não sabe ou não tem competência se adequar às novas tecnologias? Go out. O mundo anda para a frente e não o servidor incapaz que tem de pará-lo.

  2. “Seu” Jorge, concordamos em discordar. Não foi mencionado de onde saiu o número, mas 1/3 da sociedade local sem acesso a tecnologia é muito. Também é desigualdade. O investimento no sistema seria algo muito marketável, mas tiraria dinheiro da atividade fim. Prefeitura saberia onde estão os problemas e teria menos condições de resolver. O problema das empresas é das empresas. Chutaria que mais de 99% da população não tem nada a ver com isto.
    O aplicativo de celular já existe em diversas cidades, em algumas é financiado pela iniciativa privada.
    ” Manutenção pode ser feita pelos atuais funcionários a partir de treinamento”: é muita fé no funcionalismo público. A maioria não deve ser “treinável” em assuntos de informática.

  3. Brando, não é porque 1/3 da sociedade local não tem acesso a uma tecnologia digital que os serviços de dados e informações da prefeitura tem de parar na era jurássica.

    E outra, esse 1/3, mesmo não usando os recursos diretamente, vão ser melhor atendidos por uma prefeitura que, para disponibilizar novos recursos digitais de ponta a toda a sociedade, vai usar esses recursos para facilitar o próprio atendimento local a esses 1/3.

    Esse investimento é necessário, vai ter de ser feito de qualquer jeito, exatamente por causa do grande retorno em produtividade e diminuição de custos operacionais. Um novo serviço digital pode (pode, não, deve ser feito) por terceirizados, pois não tem sentido a contratação de desenvolvedores para isso e a manutenção pode ser feita pelos atuais funcionários a partir de treinamento. Investe-se de um lado para se ganhar em qualidade de atendimento e eficiência. Isso não tem preço.

    É preciso melhorar muito até o que já tem. O serviço de emissão de notas, por exemplo, é quase jurássico, demorado, as empresas de serviço locais precisam de funcionários dedicados a gerar só as notas quando é de grande volume, porque o sistema atual não é eficiente hoje para emissão de notas de grandes volumes.

    Seria fantástico um aplicativo de gestão pública para informes da sociedade dos problemas que acontecem, como tem em outras cidades.

    Por exemplo: alguém passa por uma rua e vê um bueiro entupido. Ela usaria um aplicativo com geolocalização para informar desse problema e uma base de dados em tempo real mostra, até para o prefeito, na tela, em segundos, todos os problemas relatados. Em cinco segundos ele vê as reclamações do dia: barulho, bueiro entupido, buracos, sinaleira não operacional. O próprio aplicativo informaria quando o problema foi resolvido, quanto tempo ficou sem solução. Essa é uma forma de cobrar agilidade e até mostrar ao prefeito sobre os problemas nos seus processos operacionais internos.

    O prefeito não precisaria ficar sabendo dessas “pequenas” coisas , mas se quisesse saber hoje, não teria como. Primeiro tem de ligar prefeitura para relatar o problema. às vezes se perde uma hora para isso. Aí vai para uma ficha. Depois entra na fila. Só fica sabendo quem é do setor. Quem define a prioridade? Veja como é interessante ter um recurso desses para até o prefeito saber o que acontece e tomar medidas mais ágeis.

    É premente um serviço digital público de ponta em Santa Maria. Recursos? Ora, tem muito a enxugar em despesas supérfluas, cargos de comissão, etc… O retorno será evidente e a sociedade no seu geral será muito melhor atendida, com mais transparência.

  4. Palestrante é estatístico, com especialização em matemática aplicada à finanças e MBA em finanças. Muito provavelmente a informação das cidades digitais deve ter saido de uma The Economist ou um Financial Times da vida. Publicações em inglês, nenhum espanto. Problema é ter que vir um sujeito de fora apresentar informações de segunda mão no celeiro de cérebros. O “happening” é típica de uma mentalidade da década de 70, vide a menção no texto ao desaparecimento das viagens. Bom para o marketing do banco e do Recanto (até por ali, lugar tem muitas qualidades, mas para quem vem de fora é bem depois de onde o capeta perdeu as meias).
    Aí vem a lenda. Tudo disponível 24/7 sem qualquer custo é para dar risada. Cidadão tem que ter um smartphone. Tem que ter um plano com acesso à internet. Prefeitura tem que ter uma infraestrutura de tecnologia da informação nada desprezível e pessoal para operar e dar manutenção. Tudo pago com dinheiro dos impostos.
    Santa Maria, queiram ou não, é atrasada. Antes de fazer qualquer coisa mais modernosa, tem que voltar para o básico e tentar fazer da melhor forma possível. Saúde, salário do magistério, limpeza, buraco nas ruas, etc.
    Infraestrutura de telecomunicações é importante para os negócios. Na aldeia compensaria a distância física. Não depende da prefeitura, até certo ponto depende da iniciativa privada. Mas tem uma parcela importante de responsabilidade do governo federal.
    A velocidade média máxima de Santa Maria é algo como 9,75 Mega. Porto Alegre tem 15,5 Mega. Floripa tem 13,7 Mega. Blumenau e Joinville em SC têm pouco mais de 13 Mega. Curitiba quase 19 Mega. São Paulo tem 24 Mega. A aldeia até não está mal, mas tem que melhorar muito.

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