CIDADE. “Quem impede a reabertura do Restaurante Popular D. Ivo”?, pergunta representante de Conselho
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), Especial para o Site
O Restaurante Popular Dom Ivo Lorscheiter, localizado ao lado do Centro Administrativo Municipal, no Centro de Santa Maria, está fechado desde o dia 10 de março do ano passado. A indefinição quanto à data de reabertura do empreendimento gerou críticas à Prefeitura na tarde desta terça-feira (21), na Câmara de Vereadores.
A reforma do ambiente de 800 m² teve início em 18 de abril e custou R$ 450 mil. Deste valor, R$ 330 mil é referente à obra em si e R$ 120 mil foram gastos em consertos da rede elétrica e equipamentos. A Prefeitura investiu R$ 150 mil de recursos próprios e os outros R$ 300 mil são provenientes do governo Federal.
Entre as melhorias, foi feita a substituição de todo o piso, conserto do telhado e alteração do layout do restaurante para agilizar o atendimento.
A previsão inicial era de que a obra fosse concluída em agosto, depois o prazo passou para outubro. Apenas em novembro a Construtora São Sepé, responsável pela reforma, entregou o empreendimento ao Executivo. Mas a data de reabertura ainda não está definida. Conforme a Prefeitura, ainda está pendente o laudo técnico das panelas de pressão e o Plano de Prevenção e Combate a incêndio (PPCI).
Na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores, o zootecnista e representante do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-SM), Juarez Felisberto, afirmou que o problema das panelas é simples de ser resolvido. Segundo ele, uma empresa da cidade fez um orçamento inferior a R$ 15 mil para resolver a questão.
“A pergunta correta não é o que está entravando a abertura do Restaurante Popular, mas quem? Chegou ao nosso conhecimento, por meio de diferentes fontes, que algumas pessoas com certo nível de poder junto ao prefeito Jorge Pozzobom são contrárias a reabertura do Restaurante”, afirmou Felisberto.
A coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, irmã Lourdes Dill, também usou a Tribuna Livre para reivindicar a reabertura imediata do empreendimento.
“Nosso desafio é abrir o mais breve possível em nome dos moradores de rua, dos indígenas e dos famintos de Santa Maria. Vemos todos os dias pessoas abrindo os contêineres de lixo para buscar algum alimento ou material reciclável”, relatou irmã Lourdes.
Quando reaberto, a previsão é de que o Restaurante Popular passe a servir 1 mil refeições por dia frente as 400 que servia até seu fechamento. O valor do prato irá passar de R$ 1,45 para R$ 2,00. O marmitex também será reajustado, de R$ 2,50 para R$ 3,50.
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