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CIDADANIA. Famílias pressionam e sai uma solução temporária para transporte de estudantes deficientes

Nas galerias do Legislativo, pais, professores e alunos exigiram respeito. Os estudantes estão sem transporte há pelo menos 15 dias

Por MAIQUEL ROSAURO (com fotos de Gabriela Iensen e Jaiana Garcia), da Equipe do Site

O transporte de estudantes com deficiência para três instituições de Santa Maria será reestabelecido nesta sexta-feira (26). A promessa é do secretário municipal de Desenvolvimento Social, pastor João Chaves (PSDB). Há pelo menos 15 dias o serviço havia sido paralisado devido à falta de repasses desde o mês de março. Porém, a solução não chegou sem a pressão das famílias e dos professores.

Secretário João Chaves foi até a Câmara de Vereadores para explicar como será feito o trâmite que irá garantir a retomada do transporte aos alunos

Pouco antes do início da sessão ordinária dessa quinta-feira (25), uma mãe chegou desesperada ao plenário da Câmara de Vereadores. Bernadete Gonçalves da Silva, cujo filho Alexandro estuda na Escola Antônio Francisco Lisboa, tinha apenas um objetivo: conseguir que o transporte fosse reestabelecido.

Bernadete pediu auxílio à primeira pessoa que encontrou pela frente, que por acaso era a vereadora Luci Tia da Moto (PDT). Ao perceber a gravidade da situação, a parlamentar levou a demanda para o presidente da Casa, Admar Pozzobom (PSDB), que decidiu por interromper o início da sessão para que a mãe pudesse expor a situação.

Ao receber o retorno da Tia da Moto, Bernadete correu para avisar outras mães que estavam no hall do prédio. Segundos depois, boa parte da galeria estava tomada por pais, professores e alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Francisco Lisboa e Associação Colibri.

“Eu só quero o transporte para o meu filho. Ele tem 39 anos, mas possui a mentalidade de uma criança. Na escola ele faz artesanato e diversas outras atividades, mas agora é obrigado a ficar o dia inteiro em casa”, relata Bernadete.

Ao ouvir os relatos, o vereador Juliano Soares (PSDB), Juba, disse que havia entrado em contato com o pastor Chaves minutos antes. Admar, então, solicitou que Juba ligasse novamente para o secretário e o convidasse a vir até a Câmara para discutir a situação.

Cerca de meia-hora depois, Chaves já se fazia presente na Câmara. O secretário afirmou que o Marco Regulatório da Assistência Social (Lei Federal 13.019) determina que a contratação do transporte seja feito através de chamamento público. Contudo, as entidades ainda não conseguiram resolver a burocracia para garantir o acesso ao serviço.

Chaves alegou que a solução encontrada de forma temporária pela Prefeitura foi conceder um aditivo ao contrato anterior, que valerá de 1º de janeiro a 30 de junho deste ano, com pagamento retroativo, e chamamento público com dispensa de licitação para as empresas que realizam o transporte.

“Este não é o caminho correto, mas é o que pretendemos fazer. Poderá ter apontamento no futuro. Amanhã (sexta), o transporte está garantido”, afirmou Chaves.

Após receber notícia, pais e professores comemoraram. Todos saíram do plenário festejando a garantia do transporte reestabelecido e o reinício das aulas.

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