Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Marcelo Camargo, da Agência Brasil) da Equipe do Site
A crise política que iniciou em Brasília na noite de quarta-feira (17) chegou com tudo ao Rio Grande do Sul nessa sexta-feira (19). O executivo da JBS Ricardo Saud afirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República ter repassado propina de R$ 1,5 milhão para a campanha de José Ivo Sartori ao governo do Estado, em 2014.
No total, 16 governadores eleitos teriam recebido propinas, sendo quatro do PMDB. Conforme Saud, mais de R$ 500 milhões foram distribuídos em doações a candidatos.
O PMDB do Rio Grande do Sul lançou uma nota oficial, assinada pelo coordenador financeiro da Campanha, João Carlos Bona Garcia, o qual garante a legalidade do repasse financeiro. Sartori também lançou um comunicado através de sua fanpage, na qual pede para não ser misturado “com essa gente”. Confira as notas abaixo.
Nota oficial da campanha majoritária 2014 do PMDB:
“As doações recebidas da empresa JBS pela campanha José Ivo Sartori, em 2014, foram realizadas dentro da legislação vigente, sendo efetivadas através de transferência eletrônica, saindo da conta da empresa diretamente para a conta da candidatura, bem como emitidos os respectivos recibos eleitorais, conforme informações contidas na prestação de contas do candidato e constantes no site do TRE. A origem dos valores foi dada como legal pela empresa.
João Carlos Bona Garcia
Coordenador Financeiro da Campanha”
Nota oficial do governador José Ivo Sartori:
“A doação da JBS para minha campanha foi declarada e com recibo, dentro da legalidade. Repudio qualquer tentativa de me envolver nesse caso. Nunca participei desse mar de lama. E o povo gaúcho pode ter certeza de que não haverá nada que prove em contrário.
Minha honra é meu maior patrimônio. Faz parte da minha criação fazer a coisa certa. Não aceito a generalização. Não me misturem com essa gente. Pratico e sempre pratiquei a política da seriedade, da integridade e da transparência.
A coordenação da campanha já se pronunciou e está à disposição para prestar qualquer esclarecimento. Espero que haja responsabilidade na abordagem do assunto, com investigação e punição rigorosa para os culpados.
José Ivo Sartori”
Não existe santo em lugar nenhum nesta história. Mas existe uma infinidade de pontas soltas, erros gigantescos da imprensa (barriga?) e o Janot aparentemente não é particularmente brilhante no aspecto intelectual.
O Joesley Safadão mencionou em conversa com o Temer que estaria dando conta de um juiz, um juiz substituto e um procurador que estaria atrás dele (obviamente não era o do TSE que foi pego). Alguém viu o nome desta gente ser divulgado? Ou era conversa mole?
“Tudo o que não presta!”, teria dito um outro.
Meu partido é o Rio Grande!