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JORNALISMO. Repórter da Rádio Guaíba intimidada por apoiadores do MBL e de deputado estadual do PP

Vitória recebeu agressões verbais na internet ao questionar envolvimento de membros de movimento político e municipários da capital

Do portal especializado COLETIVA.NET, com foto de Divulgação

A repórter da rádio Guaíba Vitória Famer sofreu ameaças verbais nas redes sociais após acompanhar a detenção do youtuber Arthur do Val, do canal ‘MamãeFalei’, durante protesto dos municipários em frente à Prefeitura de Porto Alegre, na semana passada. A emissora está acompanhando o caso e dando todo o suporte jurídico para a funcionária.

Durante o ato que resultou em seis pessoas conduzidas à delegacia, Vitória questionou a ligação entre assessores e servidores de duas secretarias municipais com o Movimento Brasil Livre (MBL). A jornalista indagou sobre o envolvimento de CCs do deputado estadual Marcelo Van Hatten, flagrados pela repórter chegando no departamento de polícia para acompanhar o caso. Após a divulgação dos fatos, Vitória recebeu comentários ofensivos em suas redes sociais. “Muitas foram publicadas no Twitter e outras foram por mensagem privada no Facebook. Quando as ofensas começaram, bloqueei os comentários no meu perfil”, relatou ao Coletiva.net.

A profissional afirmou que está analisando o conteúdo para avaliar as ações necessárias. “Chegou uma hora que não li mais as mensagens ofensivas. Estamos em contato tanto com advogados meus, fora da rádio, quanto da empresa, para averiguar as medidas cabíveis”, ressaltou. Ela se disse emocionada com o apoio que vem recebendo dos colegas de profissão. “É inacreditável essa rede de solidariedade com amigos de profissão que conhecem meu trabalho há anos dando total apoio. Sou muito grata a todos os colegas de diversas emissoras.”

Em entrevista ao portal, o gerente de Jornalismo da rádio, Nando Gross, disse que o fato está superdimensionado. “A Vitória fez uma matéria normal e é nosso papel questionar. Apenas lamento que um parlamentar esteja fazendo uso da política da intimidação”, informou.

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