SALA DE DEBATE. Direito à livre manifestação não é absoluto? Che, Bolsonaro e Getúlio: algo em comum?
Veja só o que se produziu hoje, no Sala de Debate, entre meio dia e 1 e meia da tarde, na Rádio Antena 1: em meio às manifestações de pesar pelos passamentos de importantes figuras, entre as quais o jornalista Paulo Sant’Ana e o médico (fundador da Unimed) João Irion, altíssimas discussões de natureza histórico-ideológica.
Com a mediação deste editor, os convidados falaram de comícios do tempo de Getúlio Vargas (sim, um dos participantes, Eduardo Rolim, assistiu), mal e bem de Che Guevara e até de Jair Bolsonaro (que, parece, não teria votos no programa). Ah, e também se debateu muito a questão da livre manifestação e pensamento.
Tudo isso, convenhamos, regado a bom humor e a participação dos ouvintes, em torno dos nossos debatedores – além de Rolim, também Carine Prevedello, Ruy Giffoni Filho e Ricardo Munarski Jobim.
PARA OUVIR O “SALA” DE HOJE, BLOCO POR BLOCO, CLIQUE NOS LINQUES ABAIXO!
Não existe nenhum Basquiat em Santa Maria. Anuncie legal sem o enfrentamento da pichação é no mínimo hipocrisia. Suástica é um símbolo que foi apropriado pelos nazistas, existe uma imbecilidade (não a única) na legislação brasileira. Alás, qualquer um pode ser tão nazista ou machista quanto quiser, basta não transparecer para os outros. Bolsonaro? Se perguntam a um vegetariano se ele prefere picanha ou maminha, não podem reclamar da resposta.
Getúlio Vargas era ditador, era chamado de ditador, só que a conotação era diferente e o contexto também. Democracia era altamente questionada naquela época. Não sem razão, Semelhanças com o governo Dilma existem. Jango andou importando madeira subfaturada da Argentina e o dinheiro financiou campanhas, inclusive a de Vargas (ocorreu um quid pro quo no Congresso na época), Gregório Fortunato andou comprando fazendas de Maneco Vargas com dinheiro emprestado de Jango, miles de “cousas”.
Vermelhinhos são peculiares. Inventam o que não sabem, aproveitam a ignorância da plebe e falam de assuntos que desconhecem como se especialistas fossem. Tudo para promover a ideologia furada deles. Os números da saúde cubana são disponibilizados pelo próprio governo cubano. Algum dia no futuro espera-se uma grande comissão da “verdade” por lá. O ministério da saúde pública cubano sempre foi ocupado por nacionais. Che foi ministro da fazenda antes de sair para exportar a “revolução”. Lenin saiu com a idéia de que qualquer um poderia administrar qualquer coisa porque seria serviço puramente burocrático. Sempre deu “m” porque sempre foi aplicado fora das condições previstas.
Doutor Rolim equivocou-se. Caso de Lula, conforme a condenação, é simples. Comprou um “fusca” e ganharia uma “Mercedes”. O laranja era a própria construtora.