O reitor da UFSM, Paulo Afonso Burmann, em contato feito com o editor, através de sua assessoria, relativiza (e busca contextualizar) a informação publicada pelo site na manhã de hoje (AQUI), acerca da ideia de troca do prédio do antigo Hospital Universitário, no centro, pela gestão do Hospital Regional para a Ebserh, a empresa pública federal gestora dos hospitais universitários, inclusive o HUSM.
O editor reproduz as mensagens recebidas.
A começar por esta observação, atribuída ao reitor: “a UFSM está preocupada com a situação do HUSM, superlotado sempre e sem condições de atendermais as pessoas e sente-se no dever de levantar a bandeira da abertura do Regional”.
Diz mais Burmann: “a abertura do regional deve ser tratada com governo do estado , com municipio e o governo Federal. Não tem coma UFSM não se envolver, pois a situação da saúde das pessoas esta critica e todos acabam por ser levados ao HUSM, em especial os que mais necessitam.”
Até por isso, o reitor, no encontro no Gabinete do Reitor, a que estavam presentes, como o site registrou, o deputado Valdeci Oliveira e representantes de veículos de comunicação, Burmann solicitou a todos que se envolvessem no convite para dia 4, um grande encontro aqui na UFSM, com prefeitos, secretários de saúde e lideranças comunitárias, para estabelecer estratégias para conseguirmos o objetivo”.
Especificamente em relação à informação sobre o antigo HUSM, o governo do Estado e o Regional, o que falou o comandante da UFSM? Eis a mensagem:
“Com relação ao predio do antigo HUSM, realmente ele pensou em propor para uso do Estado. Que tem gastos em alugueis na cidade. Sera uma utilização racional. Como o Estado poderia dar a contrapartida? Ele não sabe ainda, mas que queria abrir conversas para isso. Quem decide são os conselhos superiores da UFSM, mas que antes ele, Reitor, poderia ir conversano com o Estado.”
Deu para entender? Está esclarecido? O certo é que Paulo Burmann relativizou a história da troca: “não significa isso, em hipótese alguma”, afirmou o reitor. E mais: “não interessa se a gestão do Regional vai ser dessa ou daquela instiutição, dessa ou aquela coloração…queremos é o hospital aberto”.
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Nada na UFSM é gratuito, quem paga é o contribuinte.
Bom lembrar Pimenta e Valdeci de cachecol laranja outro dia. E o jingle: “Volta Volta Volta Valdeci/Um batalhão de cupinxas/Fazendo campanha pra ti/Volta pra enrolar o cidadão/Que trabalho de verdade/Nem pensar meu irmão.”
Hospital Regional tem algumas pendências (que também podem ser interpretadas como desculpas para não abrir logo), é possível lembrar da licença ambiental e das reformas.
Para não dizer que não se falou das flores, semana retrasada (se não me engano) o secretário da saúde do RS estava num programa da TV Pampa. Perguntado por um telespectador sobre o HR respondeu “daqui duas semanas teremos boas notícias sobre o HR de Santa Maria”. Primeiro pensamento: está enrolando! Faltou dizer em que calendário seriam as duas semanas.
Há 30 anos frequento os espaços de lazer da UFSM de forma gratuita. Espaços de cultura gratuito? “Realmente” isso nunca aconteceu k k k …
Referência a Fepagro (Fundação Estadual, logo já é do RS) ficou sem sentido na nota. Município está negociando a doação da área, quer assumir. Hemocentro também é estadual, a referência a retirada do pessoal também pode ser interpretada como ameaça (com MPF ou não). Governo do RS está dando jeito de alienar propriedades por aí para ver se “fecha” as contas. Conseguir mais imóveis para alienar depois não acredito que seja positivo. “Mobilização” não passa de “política”, das mais ultrapassadas e estéreis. Um dia o Hospital Regional abre as portas (seja como for) e muita gente vai usar o “lutou e conseguiu a abertura do HR”. A finalidade fica óbvia não só com a insistência no assunto, o comportamento da militância de algumas agremiações políticas não deixa dúvidas.
Reitor pode dizer o que quiser, mas isto não vincula a interpretação de quem ouve. Uma das possibilidades é concluir que o magnífico está usando a instituição UFSM para promover a agenda política de determinados grupos e a candidatura de alguns (quem sabe a própria no futuro). Fora do espetáculo político (com evidentes fins eleitoreiros), é bom lembrar algumas coisas. O problema do HUSM é falta de leitos, não falta de hospital 100% SUS. O HUSM (que tem orçamento separado) é administrado pela Ebserh, autarquia com sede em Brasília (não pelo reitor). Permuta e alienação de bens da União depende de autorização de instâncias superiores, não basta o reito e o Soviet Supremo da UFSM querer (estão negociando o que não é deles para negociar).
Já está promovendo espaços de lazer e cultura gratuitos para toda a população no campus, em breve estará tapando os buracos das ruas do município também.