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SAÚDE. Em encontro na UFSM, reitor tenta unir as lideranças da região em relação ao Hospital Regional

Legenda da fotografia na parede firma a posição da UFSM, que promoveu o encontro desta sexta, em relação ao Hospital Regional

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site

O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann, reuniu lideranças regionais da área política, empresarial e da saúde na manhã desta sexta-feira (4) para debater o futuro do Hospital Regional. O encontro ocorreu no Auditório Gulerpe, no HUSM, que recebeu um grande público para tratar do assunto.

O evento deixou clara as intenções da UFSM e também da maioria das pessoas presentes que prestigiaram o evento: a abertura do Hospital Regional 100% público com gestão da EBSERH, via Universidade. Como resultado do encontro, será construída uma ata que resumirá todos os depoimentos. O material será entregue ao governo do Estado por uma caravana de líderes que partirá da região.

O evento foi aberto e encerrado por Burmann. No início, ele fez um apelo para abertura do Regional o mais rápido possível, uma vez que não é mais possível o HUSM absolver sozinho a demanda de pacientes. Ao final, ele respondeu um pedido do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), que havia proposto a formalização de um documento no qual a EBSERH demonstre o interesse em abrir e fazer a gestão do empreendimento.

“Vamos, prefeito Pozzobom, reiterar à EBSERH e ao governo do Estado o interesse da Universidade na gestão do Hospital Público Regional. Também precisamos dizer: a situação é tão grave que precisamos considerar a possibilidade de outras instituições abrirem esse Hospital. Mas é evidente que a Universidade vai manter o seu interesse de ter o Hospital sob gestão da EBSHER, via UFSM”, afirmou Burmann.

O prefeito destacou não ter a menor dúvida de que o Hospital será aberto. Ele lembrou que os ministros Ricardo Barros (PP) e Osmar Terra (PMDB), os secretários estaduais João Gabbardo e Cezar Schirmer (PMDB), e o governador do Estado, José Ivo Sartori (PMDB), vieram a Santa Maria e garantiram a abertura do empreendimento.

“Eu quero o Hospital aberto. Quem quiser administrar, primeiro vai ter que sentar com a nossa cidade e com a região para resolver, sobretudo, a questão da traumatologia”, ressaltou o tucano.

O deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) também esteve presente e destacou que Pozzobom e ele, enquanto deputados, sempre tiveram o cuidado em não “grenalizar” o assunto. O petista protocolou, em 14 de julho, um pedido ao governo do Estado para apresentar a cópia do plano para a abertura do Regional. O estudo foi feito pelo Hospital Sírio-Libanês, no valor de R$ 5,9 milhões. Ele também solicitou uma audiência pública com o governador para tratar do tema.

Valdeci ainda deu um puxão de orelhas nas lideranças locais, salientando que em outras regiões do Estado todos se unem quando precisam conquistar algo.

“Se fosse Caxias ou Passo Fundo, já estaria resolvido”, criticou Valdeci.

O prefeito de São Sepé e presidente da Associação dos Municípios da Região Centro (AM-Centro), Leocarlos Girardello (PP), lembrou que, em 2018, a novela do Hospital Regional completará vergonhosos 15 anos. Para ele, é preciso uma ação urgente do Estado e da Federação.

“Essa da voz da região Centro precisa ser ouvida em Porto Alegre e em Brasília”, reivindicou Girardello.

Secretários de saúde, vereadores, profissionais de saúde, sindicalistas e acadêmicos também se pronunciaram. Alguns realizaram fortes críticas aos políticos presentes, uma vez que há o entendimento de que o Hospital já poderia estar aberto caso questões político-partidárias não tivessem interferido.

Ao final do encontro, ficou a sensação de que há um gigantesco interesse regional na abertura do Hospital, mas que uma gestão política falha (tanto da esquerda quanto da direita), no passado, impediu a abertura do empreendimento.

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Um Comentário

  1. Reunião 100% tosa de porco, jogo político “para a torcida”. Poderiam estar discutindo a guerra na Síria que teria o mesmo efeito.
    Problema do HUSM não é o Regional, problema do HUSM é ser a última e única solução regional com o SUS derretendo em volta.
    Óbvio que em Caxias e Passo Fundo já estaria resolvido, as universidades nas duas cidades são privadas. Não tem ninguém preocupado só com autopromoção e implantação de ideologias atrasadas.
    Lembra também os muitos “interésses” que dificultaram a ampliação do hospital da Unifra.
    Alás, autorizaram mais dois cursos de medicina no RS: Feevale e Unisinos.

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