Política

HONDURAS. A política externa de Lula e o tastaveio da oposição e da mídia grandona

O mundo inteiro interpreta a atitude brasileira em Honduras como “necessária e correta”. Enquanto isso, internamente, a oposição a considera “irresponsável”. No Parlamento e fora dele (quem sabe na mídia grandona?) o Presidente da República enreda a oposição numa teia de aranha. E a oposição fica no interior dela, embasbacada.

No caso específico da política externa, alguns notáveis do setor, ao tempo de Fernando Henrique Cardoso, “orquestram seus ataques” falando dos riscos que o Brasil assumiu em Honduras. O que diriam se o país tivesse fechado os portões da embaixada?

Quem disse isso? Não, não é este (nem sempre) humilde repórter – exceção feita, quem sabe, às referências sobre a mídia grandona. Ao contrário, quem escreve, do alto de toda a sua credibilidade, é um dos mais experimentados jornalistas políticos do País. No caso, Mauro Santayana, na coluna “Coisas da Política”, no Jornal do Brasil. Vale a pena ler, creia – inclusive a sugestão adicional de leitura, com um texto de Paulo Moreira Leite, da revista Época. São sonoras, quase estridentes, posições discordantes da média da MG. Confira, nem que seja para discordar. A seguir:

 “Uma oposição sem lastro

Talvez, em seu natural entusiasmo pelos êxitos nacionais, o presidente Lula credite ao governo muito do que se deve ao povo brasileiro. Ao contrário daqueles que a desdenham, a nossa gente tem sido muito melhor do que a sua sofrida história, feita sob a opressão de elites, nacionais e estrangeiras, insensíveis, hedonistas, e, em alguns momentos, cruéis. A oposição deveria reconhecer que a presença de um trabalhador na chefia do Estado estimulou a esperança e, com ela, os esforços dos que sempre estiveram “do outro lado da estrada de ferro”, para lembrar a expressão norte-americana.
O discurso do presidente, ontem
(quarta, 23), na Assembleia Geral das Nações Unidas, foi pragmático e sóbrio, mas com a pontuação do orgulho que os fatos permitem. Não tivemos, no atual governo, gênios harvardianos, como os houve, para nosso desengano, em passado recente. Provavelmente por estar munido mais de dúvida do que de certezas, pôde o governo confrontar-se com as crises políticas e econômicas, e manter o país produzindo. Não obstante os êxitos administrativos, ainda persistem, na equipe econômica, resíduos do pensamento neoliberal. Só assim, podemos entender a decisão de ampliar, de 12,5% a 20%, a participação estrangeira no capital do Banco do Brasil, de acordo com o noticiário. Trata-se de um dos mais importantes instrumentos da política macroeconômica do Estado, como se tornou claro na crise recente. É óbvio que, quanto maior for a participação estrangeira no banco mesmo sem direito a voto menor será a margem de liberdade do governo. Se o presidente meditar o assunto, naturalmente reverá sua posição, se já a tomou. Lula tem combatido a abertura do capital da Petrobras aos estrangeiros, e com razão.…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

SUGESTÃO ADICIONAL – vale a pena ler, também a nota “Ridícula é a ditadura de Honduras”, de Paulo Moreira Leite, da revista Época.

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