LÁ DO FUNDO. Candidatura no telhado, quem (não) apoia Fantinel, papel do PSB e o RS, que querem ele$

– Foi um auê e tanto, lembra? O site noticiou, com exclusividade, o lançamento da pré-candidatura de Luiz Henrique de Oliveira Santos, o Barbudinho, para a Assembleia Legislativa.

– Recém-chegado ao PDT, oriundo do PT, pelas mãos do presidente estadual da sigla, Pompeo de Mattos, faria dobradinha com o próprio e o ato oficial de lançamento seria em 30 de novembro.

– Na antevéspera, um volta-a-trás: o festerê (sim, teria um regabofe a animar o ato político), que pegou no contrapé a direção local do PDT, foi transferido para janeiro.

– Resumo da opera: a reação foi tamanha, com direito a Uatis trocados pelos presidentes local, Marcelo Bisogno, e estadual, Pompeo, que a pré-candidatura dá toda a pinta de ter subido ao telhado.

– O hoje esquecido (sim, ninguém lembra que votou nele) Aécio Neves esperneia, dentro do PSDB nacional. Queria, inclusive, um Tesoureiro da sua confiança na Executiva Nacional.

– O mineirinho hoje abaixo do (…) do cachorro não levou. Mas expôs publicamente o óbvio: por que tantos querem presidir os partidos, justamente nesse momento.

– A razão, claro, é pra lá de de$intere$$ada: são os dirigentes que vão tomar conta e decidir onde e para quem serão destinados os recur$os do Fundo Partidário.

– É isso mesmo: sem financiamento privado, o fundo virou quase a única grande fonte de arrecadação para as campanhas de 2018, especialmente entre as grandes agremiações nacionais, mais exatamente PT, PMDB, PSD, PP, PSDB e outros.

– No ultimo domingo, 10, o assessor especial do governador Sartori, e presidente da Juventude Estadual do PMDB, Beto Fantinel, realizou reunião de trabalho em Santa Maria, como informa sua assessoria.

– Cerca de 30 municípios estiveram representados, debatendo a conjuntura e, claro, especialmente o ano aleitoral. Fantinel, oriundo da Quarta Colônia, é pré-candidato à Assembleia Legislativa.

– Foi também um momento interessante para saber quem, de fato (e não só no gogó) apoia o peemedebista regional na boca do monte. E a foto distribuída de uma certa maneira ajuda a responder.

– Se bem que é melhor ir com cuidado na observação da imagem, na medida em que há muito de protocolar nalgumas presenças, e isso não é algo ruim – ainda que bom não seja exatamente a expressão mais adequada.

– De todo modo, parece evidente que, da bancada de vereadores, a menos que mudem de ideia os demais, somente Francisco Harrisson é apoiador de primeira hora de Fantinel.

– Mais que isso: ainda que constrangidamente (pois têm compromissos com outros candidatos, forasteiros, e o deixarão na estrada, exceção feita a Fantinel), acabarão por ter de engolir a candidature do edil e médico à Câmara dos Deputados. Algo, ainda, a conferir.

– Pra fechar: enquanto boa parte das grandes legendas nacionais já definiu seu pré-candidato presidencial, o PSB ainda discute, nos bastidores, qual seu papel em 2018.

– O partido, são os indícios, aposta na candidatura do ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa. Mas não descarta, na inviabilidade, de coadjuvar uma grande candidature.

– E é aí que a porca torce o rabo e pode ter consequências no Rio Grande amado e na Boca do Monte não menos adorada: num sinal inequívoco de falta de identidade, o PSB tanto pode sair pela direita, com Geraldo Alckmin, do PSDB, quanto Lula (ou quem o substituir), do PT, e de quem já foi aliado.

– Na hipótese (que existe, afinal) de embarcar de novo no Lulismo, será muito interessante ver a posição gaúcha, pois Beto Albuquerque (que perdeu o comando partidário, mas ainda é o principal nome) está alinhado com José Ivo Sartori.

– Também será curiosa a posição do santa-mariense Fabiano Pereira, um ex-petista que entrou de mala e cuia no governo Sartori, do qual é secretário e que concorre a deputado (estadual?). Pooois é.