Do portal UOL, em texto de LUCIANA AMARAL e GUSTAVO MAIA e foto de Reproduçõ
Em votação durante a convenção nacional extraordinária do PMDB, nesta terçafeira (19), em Brasília, os delegados do partido aprovaram a troca de nome da sigla para MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Por 325 votos a 88, a mudança foi aprovada. Houve ainda 29 votos brancos e nulos, de um total de 414 votantes.
Foi aprovada também a regularização do estatuto do partido, ajustando-o para as novas regras de financiamento de campanha –condição para que a legenda receba os recursos do recém-criado fundo eleitoral.
A alteração de nome ainda precisará ser validada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que registra os partidos políticos no Brasil. O procedimento, no entanto, é considerado protocolar. Em 2017, outras duas legendas também mudaram de nome: PTN virou Podemos, e PTdoB virou Avante.
Presidente nacional do partido, o senador Romero Jucá (RR) manifestou a intenção de transformar “o novo MDB” em uma “força política em prol da sociedade brasileira”. Em agosto, a Comissão Executiva Nacional do partido já havia enviado ao tribunal um ofício solicitando a retirada do “P” de PMDB (https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/08/16/pmdb-vai-acionartse-para-mudar-sigla-para-mdb.htm).
Na época, Jucá afirmou que o objetivo da alteração é resgatar a memória histórica do PMDB e retirar “o último resquício da ditadura” de dentro do partido. Entre 1966 e 1979, durante o regime militar, o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) era o único partido nacional de oposição ao do governo (Arena) dentro do sistema do bipartidarismo instaurado no país após a edição do Ato Institucional nº 2, de 1965 –que extinguiu os partidos existentes.
A convenção foi inicialmente convocada para 27 de setembro, mas foi adiada porque o partido estava às voltas com a segunda denúncia oferecida contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), posteriormente rejeitada pela Câmara. O estatuto não foi alterado, mas discutido. Jucá anunciou que o partido vai apresentar, no final de março do ano que vem – quando a legenda realizar sua convenção nacional ordinária – a nova estrutura de organização partidária, depois de discussão entre os diretórios estaduais.
Questionado se a mudança de nome tinha como objetivo desassociar o PMDB de escândalos de corrupção, Jucá afirmou que os integrantes do partido devem responder a todas as ações. “Qualquer coisa que seja investigada será respondida, e cada um individualmente é responsável por aquilo que tenha feito de equivocado. O partido não tem nada a ver com isso, está tranquilo, e vai disputar as eleições de cabeça erguida”, declarou.
Candidatura própria nas eleições presidenciais de 2018, segundo o senador, pode ser uma opção, e vai depender mais do final do governo Temer do que do começo. “Vamos discutir com diversos partidos que são da base, do espectro partidário e do centro, e a partir daí vamos ver qual é o melhor nome que tem condições de defender o legado e ganhar a eleição para continuar a fazer essa transição da economia e do sistema social brasileiro para algo melhor do que tem hoje”, afirmou.
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E os filhos do “P ” não vão se sentir meio órfãos?
Agora sim!