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Pegando carona… – por Luciana Manica

Pra praia? Não, na praia. Temos. Nos tempos de crise, parece uma boa ideia. Mas a carona aqui é no negócio alheio. Tem gente que é penetra no menu do restaurante, na marca prodígio, na invenção alheia, na informação privilegiada, na vista grossa, no design do produto, no mercado ambulante ou no famoso “shop chão”, e por aí vai.

Mas por que o alto índice de atos de concorrência desleal no Brasil? Porque é mais fácil copiar a inventar. O velho jeitinho brasileiro, nas suas mais variadas versões.

Ironicamente a Petrobrás Distribuidora moveu 135 ações por crimes de consumo, marca e concorrência desleal. Sinceramente, impressiona-me a coragem daquele que quis se passar pela Petrobrás, vez que está mais suja que “poleiro de pato” (pra ser polida no termo, rsrsrs).

Os atos de concorrência desleal são, por exemplo, valer-se do prestígio de terceiro, enganar o consumidor, trazer vantagem para o contrafator às custas ou à revelia de quem inovou; enfim, condutas comerciais que merecem repreensão.

O que mais surpreende é quando a cópia não tem como dar certo, pois deixa de levar em consideração o mercado, a cultura, o know-how que todo o negócio exige. É quase como pegar a dieta da amiga, pensando que serve para você.

Mas o povo prefere tudo pronto, acreditando que replicar dá certo. Esquecem (inclusive os consumidores) que também é desleal o comércio de ambulantes de idênticos produtos vendidos em estabelecimentos que recolhem impostos.  Que é ilícita a cópia de uma identidade visual de terceiro, confundindo consumidores. Que é desonesto reproduzir a tecnologia alheia sem pagar royalties, afinal, quem desenvolveu penou para inovar.

Há quem tenha feito uso de marca de concorrente para promover seu próprio site. Isso ocorreu com uma empresa que contratou a Google para que sua marca aparecesse em evidência quando da busca por produtos do seu segmento. A empresa vilã entrou na jogada, direcionando o usuário ao seu site, desviando todos os consumidores da verdadeira marca publicada.

Noutro caso temos um famoso restaurante sendo acusado por praticar imitação sistemática do trade dress (conjunto-imagem), cardápio, ingrediente e descrição dos pratos. Hummm, mas será que terá o mesmo gosto? Não sabemos. O fato é que não se pode tolerar atos como esse.

#ficaadica. Em tempos de crise, não pegue carona, vá a pé! Trilhe o seu próprio caminho e colha os seus frutos. Faz bem para a alma e para a saúde (inclusive econômica).

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