SALA DE DEBATE. “Day-after” do julgamento de Lula e o que vem aí: o tema do dia, junto com os partidos
Com a presença deste editor e dos convidados Ricardo Jobim e Werner Rempel, o âncora Roberto Bisogno mediou um “Sala de Debate” eminentemente político, nesta quinta-feira. Claro que a ênfase, e de uma certa maneira o que pautou todas as discussões, foi para o “day-after” do julgamento em que foi ratificada a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, com o aumento, inclusive, da pena inicialmente imposta.
A partir daí, tudo decorreu, inclusive as discussões sobre a corrupção (em todos os níveis e não só na política) e a importância (ou não) dos partidos políticos, com seu significado para a democracia representativa brasileira. Ah, e com grande participação dos ouvintes, é bom que se realce.
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Um detalhe do julgamento de que falam pouco: os fatos foram determinados, os próximos recursos (após os embargos) só discutem matéria de direito (salvo raríssimas exceções). Os adversários do Molusco podem emoldurar o acórdão e pendurar na parede.
Para melhorar o turismo na aldeia deveriam criar o Parque Jurássico Político. Colocar os fósseis vivos em exposição.
“Estado indutor da economia” é piada. Motivo é simples: “Estado” não tem RG e nem CPF. Quando o “Estado” é Dilma, a humilde e capaz, dá no que deu. “Salvação” do Brasil não vai ser pelas mão de um político que não sabe como a iniciativa privada funciona tentando ensinar para os outros o que não sabe.
Empresa de São Leopoldo produzindo liga metálica para a Petrobrás e parando na Boeing até prova em contrário é história da Carochinha. Afirmações genéricas se prestam para muita coisa e o ônus da prova é de quem alega.
Há sempre confusão de prazos na divulgação da mídia por motivo simples: alguns recursos têm o mesmo nome (ou são “equivalentes” com nome diferente) no âmbito penal, civil, trabalhista, mas os prazos são diferentes e às vezes contados de forma diferente (caso não tenham sido alterados este ano). Já vi rábula falando no trâmite dos tribunais superiores e errando miseravelmente também. Não trabalha na área e confia na memória, fica evidente.
Outro com “não li o processo”. Em programa anterior outro causídico largou esta e logo em seguida acusou o juiz Moro de prevaricação. Alguém poderia falar em calúnia ou injúria porque no caso nem existe processo para ler. Alguns acham que é possível largar uma do tipo “agora tirei o terno e a gravata e vou falar como cidadão, esqueçam que sou advogado nos próximos 15 minutos” e passado o tempo “agora coloquei o terno e a gravata de novo e voltei a ser causídico”. Um médico quando atende o telefone às 3 da matina de pijama ainda é médico. Causídicos querem fazer acreditar que é possível a separação, não é. Cavacos da profissão, eles que escolheram trabalhar com leis e direito, não podem dizer “agora sou cidadão e posso violar o ordenamento jurídico”, “agora sou rábula e indispensável a administração da justiça”.