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ELEIÇÕES 2018. Creia: já são 19 pré-candidatos à Presidência. Mas o que não falta é pedra no caminho

Lula, do PT, e líder em todas as pesquisas faz um tempão, tem escassas possibilidades de concorrer, dados os problemas legais. Mas…

Por FERNANDA ODILLA, da BBC Brasil em Londres, com foto de Lula Marques/Divulgação

À medida que as eleições de 7 outubro se aproximam, o número de pré-candidatos à Presidência aumenta – já são ao menos 19 nomes. Apesar de as projeções indicarem uma disputa com muitos candidatos, o cenário está, até o momento, tão aberto que dificulta até mesmo antecipar quais deles de fato estarão nas urnas.

No entanto, todos os que aparecem nas pesquisas de intenção de votos ou que já anunciaram a intenção de disputar o pleito têm importantes obstáculos a superar até o início da campanha, marcada para começar em agosto.

Pendências na Justiça, disputas partidárias internas, tempo escasso de propaganda no rádio e na televisão, alta rejeição ou falta de popularidade e impedimento para participar de debates são alguns dos desafios que os postulantes à Presidência e seus respectivos partidos precisam driblar.

As legendas trabalham com prazos cada vez mais curtos para atrair políticos, firmar alianças e lançar seus candidatos na tentativa de aumentar suas chances eleitorais.

Uma mudança na legislação em 2015 reduziu de um ano para seis meses o prazo para filiação partidária de quem quer disputar a eleição. Isso significa que quem pretende concorrer deve se filiar a um partido político até o dia 7 de abril. O registro das candidaturas, por sua vez, deve ser feito até 15 de agosto.

Do total do tempo de propaganda, 90% são distribuídos proporcionalmente ao número de deputados federais eleitos por cada legenda em 2014 e o restante será distribuído igualitariamente.

Para participar de debates na TV, por sua vez, o candidato precisa estar filiado a um partido com mais de cinco congressistas. Por isso, muitas bancadas apostam na janela de 30 dias que será aberta em março para a troca de legenda de políticos que queiram se candidatar sem o risco da perda do mandato em curso.

A BBC Brasil listou obstáculos dos principais pré-candidatos e partidos que já anunciaram a intenção de lançar um nome à Presidência da República. Confira:

Lula (PT)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera os cenários para a eleição presidencial em 2018, mas pode ser impedido de disputar a eleição, uma vez que a segunda instância da Justiça federal manteve por unanimidade sua condenação por corrupção. Assim, a candidatura do petista pode ser barrada pela Lei da Ficha Limpa.

Além de ter sido condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4), que aumentou a sentença de 9 anos e seis meses para 12 anos e 1 mês, Lula pode também ser preso – ainda que a prisão após condenação em segunda instância seja um tema cuja discussão tem dividido os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Se concorrer, Lula pode usar a campanha como estratégia de defesa das acusações que pesam contra ele. A defesa de Lula, que tenta reverter a condenação sob o argumento de que o ex-presidente é inocente e fr que não há provas contra ele, traça estratégias jurídicas para mantê-lo na disputa por meio de diferentes recursos e pedidos de liminares…

Jair Bolsonaro

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos, o deputado federal Jair Bolsonaro ainda precisa trocar de partido para participar da presidencial – ou disputar a vaga do PSC na disputa com Paulo Rabello de Castro, lançado candidato pela legenda em novembro.

Bolsonaro chegou a assinar a ficha de filiação do PEN (Partido Ecológico Nacional), que espera a homologação da Justiça Eleitoral para mudar o nome para Patriota – mudança feita a pedido do pré-candidato. Mas, em seguida, anunciou sua intenção de se filiar ao PSL (Partido Social Liberal) para concorrer à Presidência da República.

Mas tanto o PEN quanto o PSL têm apenas três congressistas atualmente. Assim, Bolsonaro teria direito a participar de debates somente se ele e o filho Eduardo, que também é deputado federal, se filiassem a uma das duas legendas…

Geraldo Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumiu em dezembro a presidência do PSDB para tentar apaziguar o partido, que se dividiu entre ficar ou sair da base do governo Temer.

Alckmin, contudo, não é o único nome tucano para a eleição presidencial. O ex-senador e atual prefeito de Manaus Arthur Virgílio pressiona o PSDB para participar de prévias com o paulista. Além disso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem mantido conversas com outros possíveis nomes.

O prefeito de São Paulo, João Doria, ainda tenta se viabilizar dentro do PSDB. Mas muitos tucanos acreditam que ele “queimou a largada” ao fazer um giro pelo Brasil na tentativa de aumentar sua popularidade – ele ainda é considerado desconhecido no país e não conseguiu alavancar seu nome nas pesquisas…”

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2 Comentários

  1. Tem 19 e não tem nenhum. O teto do Brasil é a mediocridade com uma excepcional autoestima.
    Problema fiscal ficou para as calendas. Reforma da previdência foi empurrada com a barriga. Impressionante a quantidade de imbecis que trata o problema como se pudesse ser solucionado com “retórica”; é problema financeiro e quando chega na situação que está o RJ muito pouco resta para fazer.
    Bonito vai ser a classe política fugir das responsabilidades no futuro: são os bancos, o capital financeiro especulativo, etc. Como no filme Casablanca: “prendam os suspeitos de sempre”.

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