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KISS. Enfim, começam a ser ouvidas as palavras dos réus. Primeira audiência acontece na tarde desta terça

Incêndio na boate Kiss teve como consequência a morte de 242 jovens, há já 34 meses
Incêndio na boate Kiss teve como consequência a morte de 242 jovens, há já 34 meses

O ex-músico Marcelo de Jesus dos Santos é o convocado para a tarde desta terça-feira, na primeira audiência em que serão ouvidos os depoimentos dos réus no processo criminal da Kiss. Santos, e também Luciano Bonilha Leão (que depõe na quarta-feira), Elissandro Spohr, o Kiko (convocado para a próxima terça, dia 1º) e Mauro Hoffmann (no dia 3), são os quatro acusados de homicídio doloso qualificado. De todos, apenas Hoffmann não será ouvido em Santa Maria, mas em Porto Alegre, onde reside.

Para saber mais dessa parte crucial do processo, vale conferir o material originalmente publicado na versão online do jornal A Razão. A reportagem é de Tiago Baltz, com foto de Deivid Dutra (arquivo). A seguir:

Chegou a hora de ouvir o que os réus da Boate Kiss têm a dizer

kiss seloÀs 13h30 desta terça-feira, 24/11, no Salão do Júri do Fórum de Santa Maria, irá iniciar uma das mais esperadas fases do processo criminal que apura as responsabilidades da maior tragédia de Santa Maria – o incêndio do da Boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, que vitimou fatalmente 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos e sequelas eternas na sociedade santa-mariense.

O primeiro réu a sentar na frente do juiz Ulysses Fonseca Louzada, é o ex-músico Marcelo de Jesus dos Santos. E a expectativa é se ele irá ou não responder as perguntas que serão feitas. Marcelo tem o direito de permanecer em silêncio. A decisão, se vai falar, segundo o advogado Omar Obregon, é do acusado.

Marcelo compareceu em todas as audiências. Mas, segundo o defensor, reviver tudo de novo é algo muito pessoal. “Ele decidirá como se portar”, diz o defensor.

O réu será questionado pelo juiz Louzada, primeiramente, e depois pela defesa e acusação. Não há prazo determinado para a duração da audiência, tudo dependerá da disposição de Marcelo em responder ou não os questionamentos.

Marcelo é apontado pela denúncia do Ministério Público como aquele que manuseou o artefato pirotécnico que deu início ao fogo. O show na Kiss foi o último do vocalista, que desde então trabalha com instalação de azulejos, em Santa Maria.

O Salão do Júri deve receber um bom público para a audiência, e haverá reforço de segurança por parte da Brigada Militar. Mas a assessoria do juiz Louzada diz que não espera nenhuma perturbação na audiência.

Na quarta-feira será a vez do ex-produtor da Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão, que também será ouvido a partir das 13h30. Como no caso de Marcelo, o réu poderá não responder as perguntas.

Luciano foi quem adquiri o artefato e ainda teria ligado o objeto e entregue para Marcelo durante a apresentação musical que culminou com o incêndio.

Já na próxima semana será a vez dos ex-sócios da Kiss. Elissandro Spohr, o Kiko, pediu e será ouvido em Santa Maria, apesar de estar morando em Porto Alegre. A audiência com Kiko está marcada para o dia 1º de dezembro, a partir das 13h30.

Mauro Hoffmann é o último a depor, é o único a ser ouvido fora de Santa Maria. A sessão de Hoffmann está marcada para o dia três de dezembro, no Fórum Central de Porto Alegre, também às 13h30.

13 mil páginas

O processo principal que apura as responsabilidades sobre o incêndio na Kiss tem quase 13 mil páginas. Os sócios do estabelecimento Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann e os músicos Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos respondem à acusação de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de fogo, asfixia ou outro meio insidioso ou cruel que possa resultar perigo comum (242 vezes consumado e 636 vezes tentado).

O processo se encontra na fase final de instrução. Foram ouvidas mais de 180 pessoas, entre sobreviventes e testemunhas e outros 19 peritos.

Após os depoimentos dos réus o juiz receberá as alegações finais das defesas e acusações e irá decidir se os quatro acusados irão a Júri popular.”

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