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A urgência de um projeto de reindustrialização nacional – por Daniel Arruda Coronel

O setor industrial é o motor do crescimento econômico, contudo a indústria de transformação brasileira vem perdendo participação no Produto Interno Bruto (PIB) conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018), visto que sua participação, que chegou a perfazer 30% do PIB, na década de 1980, passou para 13,3% em 2012 e, caso continue nesse ritmo, a projeção para 2029 é de menos de 10%.

Esta forte queda acendeu um debate, ou seja, que a economia brasileira está passando por um processo de desindustrialização, o qual pode ser entendido como a redução persistente de participação do emprego industrial relativamente ao emprego total, conforme discutido por Rowthorm e Ramaswamy (1999).

Ainda nesta perspectiva, o processo de desindustrialização, segundo conceitos mais modernos, pode ser entendido como a perda de participação do setor industrial no Produto Interno Bruto (PIB) em conjunto com a redução da participação do emprego setor industrial no emprego total.

O resultado de um processo de desindustrialização é a importação de produtos com alto valor agregado e as exportações de commoddities ou de produtos com baixo valor agregado, o que aumenta ainda os déficits comerciais e piora as já frágeis finanças públicas do país.

Este processo está relacionado à sobrevalorização cambial e à abertura econômica desordenada da economia brasileira. Tal situação precisa ser revertida para o país ter taxas consistentes de crescimento econômico, e, dentre as ações necessárias para isso, estão estabilidade macroeconômica, com diminuição das taxas de juros, câmbio competitivo, reformas pró-competitividade e políticas setoriais para setores estratégicos para o desenvolvimento econômico e social, tais como os de alta intensidade tecnológica.

OBSERVAÇÃO: a imagem que ilustra este artigo é uma reprodução de internet.

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