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Reforma política. Forrobodó das listas. E o que começa a surgir para destravar o debate

Hoje é assim: os partidos (ou coligações) escolhem seus candidatos e os apresentam. Você escolhe um deles. Os votos de todos são somados para saber quantos a sigla terá direito. Digamos que sejam cinco as vagas conquistadas. Se aquele no qual votou estiver no quinteto dos mais votados, estará eleito.

 

É pouco provável, mas poderá ser assim: Você vota no partido, que é quem determina dos nomes dos candidatos numa lista pré-ordenada. Digamos, hipoteticamente, que a sigla eleja cinco vereadores (ou deputado estadual ou deputado federal). O seu candidato (pessoal) estará eleito se, na relação, estiver entre os primeiros cinco.

 

É muito provável que seja assim: você vota no partido, que é quem determina os nomes dos candidatos, numa lista pré-ordenada. Mas você poderá votar uma segunda vez, escolhendo, nesse partido (e só nele), um dos nomes, mesmo que ele esteja no final da relação. Apurados os votos, e admitindo-se que essa agremiação obtenha cinco vagas, metade (mais um ou menos um, ainda não se sabe) será dos nomes da lista e o restante dos votos individuais. Há a possibilidade de 70% serem da lista e 30% dos sufrágios individuais. Mas isso ainda depende de negociação.

 

O fato: a proposta de lista pré-ordenada é o que está emperrando, diz-se, a votação da reforma política em discussão na Câmara dos Deputados. Parece óbvio, e assim entendo (embora seja a minha, desculpa, preferência), que a lista fechada 100% não será aprovada. Como também aparentemente está fora de cogitações o voto individual, como acontece hoje.  Algum tipo de acordo se encaminha, e a hipótese aventada no terceiro parágrafo deste texto, com uma ou outra alteração, tende a ser a que vai vingar.

De qualquer forma, é a questão das listas a mais debatida hoje. E tem-se como pacífico (embora seja prudente duvidar, sempre) que o financiamento público de campanha (de algum tipo) será aprovado. Como também a fidelidade partidária (não se sabe em que moldes). E igualmente a proibição das coligações partidárias. Já a proposta de acabar a reeleição, ainda bem, não deverá ser discutida. Pelo menos por enquanto.

 

SUGESTÃO DE LEITURA confira a reportagem “Votação em lista emperra reforma política”, de Jéferson Ribeiro, da sucursal de Brasília do Terra.

Do mesmo repórter leia, neste endereço, o texto “Reforma política: entenda a proposta de listas”.

Para saber minha própria opinião sobre a proposta de acabar com a reeleição, clique aqui para ler a nota a respeito, que publiquei em 14 de abril.

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