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CONGRESSO. Em 2018, nomes históricos derrubados pelas urnas e o Senado e a Câmara perdem veteranos

Heráclito Fortes, do DEM piauiense foi um dos mais de uma dezena de veteranos que as urnas mandaram embora do Congresso

Do portal especializado PODER360, com foto de VALTER CAMPANATO, da Agência Brasil

O ano de 2018 foi implacável com diversas personalidades do meio político. As eleições de outubro deixaram ao relento nomes tradicionais do Congresso que há mais de 30 anos são presença garantida no Executivo e no Legislativo.

EUNÍCIO OLIVEIRA (MDB-CE)

Sobrou até para o presidente do Senado. Eunício Oliveira, de 66 anos, liderou o MDB até 2017 e depois foi eleito para comandar a Casa por 2 anos. Saiu do ápice da carreira para a derrota nas urnas. Candidato à reeleição para o Senado pelo Ceará, Eunício viu minguar sua candidatura.

Recebeu a oposição até de Ciro Gomes (PDT), irmão do seu companheiro de chapa Cid Gomes (PDT), que conquistou a cadeira no Senado. Eunício fez parte da chapa vitoriosa de Camilo Santana (PT), eleito governador no 1º turno com quase 80% dos votos. Nem isso foi suficiente para puxar votos para Eunício.

No comando do Senado, Eunício enfrentou projetos difíceis e de baixa popularidade, como a reforma trabalhista. Teve desempenho criticado durante a greve dos caminhoneiros, quando os manifestantes exigiram contrapartidas do Congresso para encerrar a paralisação, e trocou farpas com o presidente Michel Temer.

ROMERO JUCÁ (MDB-RR)

Senador por Roraima desde 1995, Romero Jucá, 64 anos, enfrentou 1 dos anos mais difíceis de sua vida pública. Líder do governo no Congresso, lidou com a baixa popularidade do governo Michel Temer e com problemas com a Lava Jato.

A batalha mais difícil ficou guardada para o final do governo. O agravamento da crise econômica na Venezuela fez explodir o número de refugiados que buscaram o Brasil para fugir da escassez de alimentos, crise de saúde pública e segurança no país vizinho. A principal entrada: Pacaraima, em Roraima.

O alto contigente de venezuelanos vivendo no Estado, concentrados em Pacaraima e Boa Vista, pressionou as lideranças locais, incluindo Jucá. Para se afastar das críticas direcionadas ao poder público, o senador deixou a liderança do governo, mas não a tempo de reverter o quadro eleitoral. Terminou na 3ª posição e ficou fora do Senado.

Promete continuar no comando do MDB e prestar consultoria para entes privados durante os próximos anos.

GARIBALDI ALVES (MDB-RN)

Garibaldi Alves, 71 anos, é de uma das famílias mais tradicionais na política do Rio Grande do Norte e na Nacional. Foi presidente do Senado de 2007 a 2009. Seu primo Henrique Eduardo Alves presidiu a Câmara dos Deputados anos mais tarde, configurando ainda mais prestígio para o núcleo familiar.

Garibaldi também foi ministro da Previdência Social durante todo o 1º mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e foi governador do Rio Grande do Norte.

A família Alves começou a enfrentar problemas quando foi implicada na Lava Jato. Henrique foi preso em 2017 acusado de envolvimento no superfaturamento na reforma da Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014. Garibaldi também foi denunciado pela Procuradoria Geral da República acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Seu filho Walter Alves elegeu-se para a Câmara e terá seu 2º mandato como deputado federal, mantendo a representatividade da família no Congresso.

ROBERTO REQUIÃO (MDB-PR)

Senador por duas vezes e governador do Paraná por 3 vezes, Roberto Requião, 77, é 1 nome poderoso em seu Estado. Nas pesquisas de intenção de voto, apareceu liderando na corrida pelo Senado durante toda a campanha. Requião culpou as calúnias pelo seu desempenho aquém no esperado nas urnas. “Da melhor condição eleitoral do pais para a derrota em 48 horas. Aprendamos!”, disse.

LINDBERGH FARIAS (PT-RJ)

O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, 49 anos, tentou a reeleição pelo Rio de Janeiro, mas se frustrou.

Ele foi 1 dos principais nomes do PT na defesa da ex-presidente Dilma e na oposição ao governo de Michel Temer.

CÁSSIO CUNHA LIMA (PSDB-PB)

O tucano de 55 anos foi vice-presidente do Senado nos últimos 2 anos. Liderou a bancada do partido durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e destacou-se no comando da oposição contra a petista. Não conseguiu vitória nas eleições de outubro.

Seu filho Pedro Cunha Lima reelegeu-se deputado federal.

EDISON LOBÃO (MDB-MA)

Outro veterano do Senado, Edison Lobão, 82 anos, não conseguiu a 5ª reeleição para a Casa. É o atual presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante do Senado, o que aponta sua influência dentro da bancada do MDB, que indicou seu nome para o posto.

Foi ministro de Minas e Energia nos governos dos ex-petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e governou o Maranhão entre 1991 e 1994.

HERÁCLITO FORTES (DEM-PI)

O deputado Heráclito Fortes, 68, teve 6 mandatos na Câmara em diferentes momentos desde 1983. Participou da Constituinte e é figura conhecida na articulação nos bastidores do Congresso. Tentou a reeleição, mas não saiu vitorioso.

MIRO TEIXEIRA (REDE-RJ)

O deputado há mais tempo atuando na Câmara, Miro Teixeira, não conseguiu se reeleger depois de ter atuado durante 11 mandatos. Fez parte da Assembleia Constituinte que elaborou a Constituição de 1988.

LÚCIO VIEIRA LIMA (MDB-BA)

Lúcio Vieira Lima não conseguiu se reeleger para a Câmara. Sua família esteve no centro de 1 dos maiores escândalos de corrupção do ano, o bunker de seu irmão Geddel Vieira Lima.

De consolo, Lúcio conseguiu se livrar do processo aberto contra ele no Conselho de Ética na Câmara. Ele poderia ser cassado pela acusação de pagar funcionários domésticos com salário da Câmara…”

PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM)

Depois de 6 mandatos na Câmara, Pauderney Avelino (DEM-AM) decidiu tentar uma cadeira no Senado. Não conseguiu vitória.

O cacique do DEM é o atual secretário-geral da legenda e foi uma das vozes decisivas para impedir que o chamado Centrão apoiasse Ciro Gomes (PDT) nas eleições de 2018. O grupo deu apoio a Geraldo Alckmin.

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