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Senado. Forma é discutível eticamente, mas tendência é Renan se safar de punição política

 “Consciência moral” do Congresso, o deputado “verde” Fernando Gabeira, do Rio de Janeiro, é duro com o senador Renan Calheiros. Chega a ser moralista, embora conceitualmente correto. E também tripudia sobre a oposição, da qual também faz parte. Tudo isso em reportagem n’O Estado de São Paulo na qual se refere ao processo pelo qual passa o presidente do Senado (confira as sugestões de leitura, no final deste texto).

 

O caso, não é demais relembrar, iniciou com o foco em uma ação de alimentos movida contra Renan, por uma jornalista com a qual o senador alagoano teve uma filha. Era uma futrica de cunho sexual-afetivo, vamos dizer assim. E enveredou para uma crise política tendo o alagoano como o pivô.

 

Depois, todo mundo sabe. Embora no inconsciente popular o que pesou mesmo foi a “saborosa” história de um homem em aventuras extra-conjugais, ele se complicou simplesmente porque não tem como explicar a própria relação com um lobista de empreiteira – e que era o “pagador” da mesada da moça.

 

O resto também é conhecido: gado supervalorizado, mentiras daqui e dali. E ameaças, muitas ameaças, veladas ou não (como refere Gabeira), e artimanhas, algumas delas não exatamente bem urdidas, no sentido de defenestrar Renan. Que mostrou-se (mostra-se) duro na queda. E partiu, nos gabinetes, não nos contatos públicos com a imprensa, para o jogo bruto.

 

O resultado é que, como a mídia reconhece (a grandona e a que se acha), dificilmente Renan Calheiros perderá a presidência do Senado. Quanto mais o mandato. Mas isso também dependerá do futuro próximo. E de um outro escândalo. Ou novas revelações. A verdade é que só a mídia grandona está interessada em escarafunchar o tema. E é ajudada por Gabeira, por exemplo. Já os senadores… Esses apostam em que nada vai acontecer. Além do já ocorrido.

 

O que dói, pelo menos a este (nem sempre) humilde repórter, é que há razões bem fundadas para ir adiante na investigação. Mas não nas questões morais, senão que na política haveria o que buscar. E isso… Bem, isso não interessa aos congressistas, na média.

 

 

SUGESTÕES DE LEITURAconfira a reportagem“Renan tem maioria no plenário do Senado para enterra cassação”, publicada pel’O Estado de São Paulo. No mesmo jornal, e assinada pelo jornalista Carlos Marchi, há uma entrevista com o deputado Fernando Gabeira, para quem “Renan intimidou senadores, usou suplentes e teve oposição fácil”.

Para arrematar, confira a entrevista de Mônica Velloso ao jornal Folha de São Paulo, reproduzida por Ricardo Noblat (“Jornalista que é o ‘terror’ de Brasília diz que amava demais”.

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